Rogério Caboclo foi aconselhado por Ricardo Teixeira a trocar Tite por Jorge Jesus no comando da Seleção Brasileira.
Teixeira foi mandatário da CBF ( Confederação Brasileira de Futebol) por 23 anos. Em 2019, a Fifa decidiu por seu banimento perpétuo de todas as atividades ligadas ao futebol. A investigação do Conselho de Ética analisou atividades de Ricardo Teixeira entre 2006 e 2012, focando em contratos da CBF, Conmebol e Concacaf com empresas de mídia e direitos de transmissões de TV. O conselho considerou que Teixeira violou o artigo 27 do Código de Ética, que diz respeito a suborno, e decidiu aplicar a pena máxima.
Foto: Reprodução Internet
Caboclo foi afastado por 30 dias, no último domingo (06), por uma determinação da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, após ser acusado de abuso sexual por uma funcionária da CBF. Ele terá esse período de um mês para defender da denúncia. A insatisfação dos jogadores por ter aceitado sediar a Copa América também pesou para o afastamento.
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Teixeira sugeriu que Caboclo sugeriu a demissão de funcionários da CBF, diretores, alguns vice-presidentes e, fizesse uma mudança no futebol. A ideia era trocar Tite e Juninho, coordenador de seleções, pelo treinador Jorge Jesus e o Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo. O Governo Federal também pressionou para que a mudança no comando da Seleção Brasileira acontecesse.
Jesus e Braz estavam no Flamengo multicampeão de 2019, por isso, o sucesso dos dois no Rubro-Negro seria usado para amenizar a repercussão negativa da demissão de Tite por motivos políticos.
O clima entre o presidente afastado e os jogadores não era dos melhores. O elenco não via com bons olhos a realização da Copa América um ano antes do Mundial e, até cogitaram não disputar a competição, mas após o jogo contra o Paraguai, na última terça-feira (08), anunciaram que vão jogar a Copa América.
A cartada final de Rogério Caboclo foi no sábado (05). Ele assinou a carta de exoneração de Walter Feldman, secretário-geral da CBF e braço direito. A irritação do presidente era pelos pedidos do funcionário para que ele se afastasse do cargo. Também fazia parte dos planos demitir diretores executivos e convocar uma reunião com oito vices diretores para segunda-feira (07), mas não deu tempo. Ele foi afastado um dia antes.
Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, assumiu a presidência temporariamente por ser o vice mais velho (82 anos), revogou a exoneração de Feldman e logo assegurou a permanência de Tite.
