Filipe Luís afirma que não imaginava que seria tão feliz jogando no Flamengo

O lateral é referência técnica e um dos líderes do Mais Querido

Filipe Luís afirma que não imaginava que seria tão feliz jogando no Flamengo

Filipe Luís chegou ao Flamengo em 2019, disputou 84 partidas e ganhou 10 títulos. Em 2021, é um dos atletas mais regulares e virou símbolo da equipe. O lateral precisou se adaptar na nova função com menos liberdade para atacar. Em entrevista para o GE, o jogador falou sobre a emoção de vestir o Manto Sagrado.

“Eu estava falando com a minha esposa que eu nunca imaginei que estaria tão feliz jogando no Flamengo e no Brasil. Consigo notar no campo toda vez que toco na bola. O título faz com que tudo seja mais fácil. Mas atrás disso tem jogos, treinos… Existe tanta coisa por trás do título. Hoje eu sinto que tenho reconhecimento total que eu nunca tive na Europa. A cada jogo, faço jogadas que passavam despercebidas lá, e aqui não passam. A torcida me valoriza, a imprensa consegue ver o meu trabalho. Isso, para mim, demorou muito para acontecer no Brasil, porque saí muito cedo, mas está acontecendo”, disse o lateral.

“Estou muito feliz, mas não consigo descansar. A única coisa que eu quero é ganhar de novo. Eu amo o Flamengo por este desafio que ele me traz. Eu nunca posso relaxar, sei que podemos fazer o melhor jogo da vida, e as redes sociais bombam. No dia seguinte você faz um jogo ruim e é criticado pelos mesmos caras que te colocaram no céu. Isso faz com que eu esteja sempre em estado de alerta, sempre na excelência, buscando meu melhor, e faz com que eu cresça. Não só eu, mas todos os meus companheiros”, revelou o jogador.

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No bate-papo, Filipe Luís falou sobre a saída do Gerson, os desafios do time na temporada e a nova função proposta por Rogério Ceni.

O Flamengo tem três capitães que levantou as taças juntos: Diego Ribas, Diego Alves e Everton Ribeiro. Quando está em campo, Diego Ribas fica com a braçadeira. Filipe falou um pouco sobre as lideranças do elenco.

Diego Ribas, Diego Alves e Filipe Luís se denominam a geração 85
Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

“A grande diferença do grupo é essa. Ano passado, quando nosso time estava em má fase, jogadores como Gerson, Bruno Henrique e Willian Arão, saíram e assumiram a liderança. Muitos de nós tivemos Covid, outros machucados, e esses jogadores que não têm braçadeira assumiram a liderança do vestiário nesse momento e pegaram esse peso. Falaram perante o grupo, se expuseram. Isso é muito importante. Eu afirmo com toda certeza que o Diego é o melhor capitão que temos no vestiário. É o nosso verdadeiro líder, o cara que dá a última palavra, que sabe o que falar em cada momento, tem muita experiência, sabe ser capitão. A faixa vem naturalmente, vem para um líder como o Diego, cai no braço, e a partir de então você tem responsabilidade muito grande de ser capitão de 40 milhões de torcedores, não só de 25 jogadores. Isso o Diego faz como ninguém. Porque não só dentro do campo, ele passa uma imagem fora, e acho que isso está servindo de exemplo para mim, para o Arão, para o Rodrigo Caio, que vai ficar aqui quando a gente parar e vai ser o capitão daqui a um tempo” comentou o jogador.

Filipe falou teceu elogios à Gerson e falou sobre a saída dele do Flamengo.

“É um craque. Não tem outra palavra para definir. É um talento natural extraordinário, com força física. É um jogador vertical, que joga para a frente. Tem muita coisa melhorar, tanto tática quanto na parte da finalização, na tomada de decisão perto da área. Sempre falo para ele que tem que fazer mais gols, dar mais assistências. É um jogador de seleção brasileira. Você tendo um jogador desse no time e perder, o time perde, claro que sim. Mas algumas saídas são inevitáveis”, disse o o lateral Rubro-Negro.

O técnico Rogério Ceni mudou a função do lateral fazendo-o jogar de forma mais defensiva. Algo parecido com o que exercia no Atlético de Madrid antes de vir para o Mais Querido.

“Essa função foi dada pelo Rogério. Ele me chamou um determinado momento e falou que queria que eu jogasse assim, que ele achava que tiraria um rendimento melhor da equipe na parte das vigilâncias defensivas, dos contra-ataques, e também meu melhor rendimento. Eu concordei com ele, porque antes de chegar no Flamengo eu jogava assim. jogava assim no Atlético, na Seleção. Muito por dentro, dando suporte para os zagueiros e volantes”, concluiu o Filipe Luís.