Rebeca Andrade faz história e é prata no individual geral de ginástica

Rebeca Andrade é a primeira mulher brasileira da ginástica a conquistar uma medalha olímpica

Depois de muita luta, ginástica do Flamengo muda de patamar e vive seu auge
Foto: Ricardo Bufolin/ CBG

Rebeca Andrade faz história e fica com a medalha de prata. Momento histórico para a ginástica brasileira. A ginasta ficou com a 2ª melhor nota geral, atrás apenas da americana Sunisa Lee. A apresentação no solo ao som de “baile de favela” encheu o Brasil de orgulho. Ela é atleta do Flamengo e representou muito bem a Nação Rubro-Negra. Rebeca é mulher, negra, superação e resistência!

O primeiro aparelho executado pela jovem foi o salto e Rebeca já começou mostrando que estava firme e focada no ouro. A ginasta voou e tirou a nota de 15.300.

O segundo aparelho foi as barras assimétricas. Rebeca fez uma série segura e cravou a saída. A nota para o desempenho foi de 14.666. Outra excelente nota. Com a soma das duas notas, a ginasta brasileira estava na liderança da competição.

A trave foi o terceiro aparelho. Esse é sempre muito difícil e exige muita atenção e concentração. Rebeca fez uma série segura, sem grandes erros e levou a nota de 13.566. A brasileira não concordou com a nota e juntamente com seus técnicos pediu revisão. Após a revisão, sua nota mudou para 13.666 colocando do a na segunda colocação.

O último aparelho foi o solo, especialidade de Rebeca Andrade. A brasileira brilhou ao som de “baile de favela”. A ginasta pisou duas vezes fora do tablado, mas cravou a maiorias das acrobacias e tirou 13.666. É PRATA PARA REBECA ANDRADE.

Rebeca Andrade é atleta do Flamengo e o diretor executivo de esportes olímpicos do clube parabenizou a ginasta no Twitter.

Veja alguns tweets da comemoração no Twiiter.

Rebeca Andrade tem uma história de superação. Começou a treinar com quatro anos no Ginásio Bonifácio Cardoso, da prefeitura de Guarulhos, em São Paulo, onde era conhecida  como “Daianinha de Garulhos”, inspirada em Daiane dos Santos.

A ginasta fez três cirurgias nos joelhos, a última em 2019. Mesmo com a paralisação por causa da pandemia, a jovem precisou apenas de uma competição para conseguir a vaga em Tóquio. Na Olimpíada, precisava passar por duas superações: física e fisioterapia para recuperar o alto nível competitivo e, o mental para recuperar a confiança de voltar a saltar no solo e sobre a mesa sem medo do impacto no joelho operado.