Para história! Renata Silveira será a primeira mulher a narrar uma partida de futebol na TV Globo

Profissional comandará a transmissão entre Flamengo e Grêmio, válida pela semifinal da Supercopa feminina

Para história! Renata Silveira será a primeira mulher a narra uma partida de futebol na TV Globo
Foto: Divulgação / Redes Sociais

Quarta-feira, dia 9 de fevereiro de 2022, será um dia histórico para as mulheres. Renata Silveira será a primeira mulher a narrar uma partida de futebol na TV Globo. Esperou-se mais de 50 anos para que esse momento acontecesse. A narradora vai ser a voz principal da transmissão entre Flamengo e Grêmio, pela semifinal da Supercopa, às 15h30.

Siga o Diário do Fla no Twitter

Renata contou em entrevista que não tinha o sonho de trabalhar com esporte, mas tudo mudou quando ganhou o concurso “Garota da Voz” da Rádio Globo, e foi a primeira mulher a narrar uma partida de Copa do Mundo. Em entrevista, a profissional falou sobre o início da carreira e o desafio de ser uma das poucas narradoras no Brasil.

Siga o Diário do Fla no Instagram

“Sempre fui apaixonada por futebol, desde pequena meu pai me levava ao estádio. Mas trabalhar com isso não era um sonho -muito pelo fato de eu nunca ter visto uma mulher narrando. Quando a Rádio Globo lançou o concurso, comecei a ver essa possibilidade. Foi onde tudo começou. Era uma coisa supernova, e as pessoas estranhavam muito.”

Curta o Diário do Fla no Facebook

“É um momento muito especial. Sempre foi um sonho, mas eu nunca tive pressa para que acontecesse. Sabia que precisava comer arroz e feijão para estar pronta, é uma responsabilidade grande. E também é um marco, então tenho que estar preparada e é assim que me sinto.”

“Infelizmente sim, a cobrança é maior por eu ser mulher. As pessoas desconfiam quando veem uma mulher falando de futebol —e tem machismo dos dois lados, de homem e de mulher. Preciso estar o dobro preparada. O tempo todo, todos os dias, tenho que matar dois leões em cada transmissão. É normal, a gente escutou homem narrar a vida inteira. Mas é preciso ouvir, respeitar e aceitar que aquilo é uma possibilidade,” concluiu Renata.