Nesta terça-feira, o Flamengo voltou a campo após revés na final da Libertadores. Diante de quase 50 mil pessoas, o Rubro-Negro derrotou o Ceará por 2 a 1 e voltou a vencer. Depois da partida, o técnico Maurício Souza concedeu entrevista coletiva, onde comentou sobre o show da Nação Rubro-Negra e avaliou a falta de eficácia da equipe na hora de decidir os jogos.
”Sim (esperava o apoio). A gente percebeu que todos nós estávamos machucados com a derrota na Libertadores. Sabíamos que tínhamos que fazer um bom jogo para ter uma boa resposta dela, mas eu acho que a Nação deu mais uma prova de amor ao clube. Fico muito feliz com o que vimos hoje no Maracanã”, disse Maurício, antes de emendar:
”Na verdade, nós somos o melhor ataque do Brasil. O time que mais fez gols. A gente cria demais, mas eu não condiciono isso de perder as oportunidades a nervosismo. Acho que são momentos, chances mais claras outras menos. Mas esse elenco é extraordinário em colocar a bola para dentro”, complementou.
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Confira outros trechos da coletiva:
Possibilidade de antecipar férias caso o Campeonato acabe na próxima rodada
”Isso é uma situação que a diretoria vai definir caso a caso, na verdade não conversei sobre isso. Só fui informado que nós temos quatro jogos. Se a diretoria achar que deve antecipar férias, ela vai antecipar com certeza.”
Sobre trabalho psicológico com jogadores e Andreas após a derrota
”Na verdade eu falei o que eles precisavam ouvir. Mas independentemente disso, esse grupo mostra mais uma vez a força que tem. Foi uma derrota traumática, estávamos confiantes no título. E, três dias depois, depois de uma viagem cansativa, pegamos um adversário que poderia estar brigando pela Libertadores, e a gente mostrar a força que mostramos hoje, mostra a força mental que a equipe tem. Em relação ao Andreas, a gente conversou com ele, ele fez questão de estar em campo, a gente deixou ele a vontade. Foi um dos que mais sentiu, mas ele mostrou uma personalidade muito grande e foi recompensado com um belo jogo e a vitória.”
Evolução de Matheuzinho
”Conheço bem o Matheus, é um jogador extraordinário. Extremamente profissional, evoluiu muito, principalmente na questão defensiva. Mas tem o Isla, que também é um grande jogador que não vai deixar barato para o Matheuzinho ser titular. Acho que o Flamengo está bem servido na posição, hoje o Isla não esteve à disposição e o Matheuzinho mais uma vez entrou e deu conta do recado. Os dois tem que estar de olhos bem abertos porque se um bobear, o outro vira titular.”
Principal diferença para o jogo de sábado e de hoje
”Eu acho que sábado mostramos também muita vontade de vencer. Sei que futebol não existe justiça, mas o que aconteceu sábado foi uma fatalidade. O que aconteceu hoje foi que conseguimos fazer os gols e no sábado não conseguimos. Conseguimos manter um nível de concentração alto, mesmo com a viagem cansativa. É um ano muito desgastante, esse grupo tem que ser respeitado, pela força que mostraram hoje e como jogaram.”
Sobre como resgatar a auto estima do grupo
”É contar com o grupo que é profissional. Eles sabem o que tem que fazer, jogar no Flamengo é uma motivação a parte, eles estão motivados, Diego foi muito feliz antes do jogo. Agradecendo todo mundo que estava aqui, não tem o que falar desse grupo, estão motivados e acho que vamos acabar o ano muito bem.”
Diferença de marcação de como era com Renato
”Nós tínhamos muito pouco tempo para treinar. Se hoje alguém falar que vimos o time do Maurício e não do Renato, eu não concordo. Renato era algum treinador que as vezes marcava individual e as vezes zona. Eu sou adepto a marcação em zona, então não pense que 20 minutos de treino fez a equipe mudar a forma de jogar. A equipe tinha um lastro, coisas que tinham que melhorar, coisas que eram boas. Eu só fiz bota um pouco das minhas ideias, não posso usar ideias de outro treinador porque essa ideia eu não controlo. Futebol tem várias maneiras de se chegar a vitória, existe a que você controla.”
Discurso antes do jogo de hoje
”Tom motivante, onde eu falei para eles que sabíamos exatamente o que fazer. Tínhamos que dar uma resposta positiva. Eles estavam nos motivando e agente sabia disso, a resposta foi entregue, jogadores com câimbra. O time acabou no seu limite, uma equipe que jogou o ano todo de três me três dias e enfrentou uma equipe aqui depois de uma derrota que pesou, depois de uma viagem cansativa e chegar aqui e enfrentar uma equipe forte e sair vencedora, é a prova de que o trabalho está no caminho certo”, finalizou Maurício.
