O técnico Renato Gaúcho foi apresentado oficialmente pelo Flamengo, na tarde desta segunda-feira, em entrevista coletiva. O treinador confirmou que já comandará o time na partida de ida pela Libertadores, na quarta-feira contra o Defensa y Justicia, pelas oitavas de final. Acompanhe abaixo todas os assuntos abordados e as respostas do novo comandante rubro-negro. Antes de Renato, o presidente Rodolfo Landim falou e agradeceu o trabalho de Rogério Ceni e depois elogiou a chegada de Renato. “É uma satisfação muito grande estar com essa fera do meu lado. É a casa dele. Temos confiança que teremos longos sucessos pela frente. É o técnico recordista de estada em um clube no Brasil. Todos que acompanham futebol sabem dos resultados dele nos últimos anos. É um nome muito querido por todos. Enorme satisfação contar com ele de novo”, disse Landim.
Em suas primeiras palavras, Renato Gaúcho já falou que treinar o Mengão é a mesma coisa que comandar a Seleção.
“Acima de tudo é um prazer estar aqui com essa oportunidade de treinar esse clube. Estou realizando esse sonho de treinar o Flamengo. É a mesma coisa que treinar a Seleção pela grandeza desse clube”, disse Renato Gaúcho nas suas primeiras palavras.
Veja mais trechos da entrevista:
Lutar pelo título do Brasileiro
“Título é sempre título. Ainda não fui campeão brasileiro como técnico. Ganhar em 87 foi uma satisfação enorme. Espero realizar mais esse sonho. Quando jogava pelo Grêmio o meu sonho era jogar no Flamengo com o Zico. Em 1987 realizei esse sonho. Toda pessoa que sonha alto almeja trabalhar no Flamengo. Obrigação de ganhar é forte. Vamos trabalhar para conquistar. Não é só o Flamengo que quer ganhar, todos trabalham pra isso e nós também não seremos diferentes”.
Flamengo vai jogar pra frente
“O Flamengo sempre joga para vencer. Eu trabalho em busca da vitória. Com esse elenco e força da torcida vamos jogar para frente. Vou colocar em prática as minhas ideias sempre trocando ideia com os jogadores. Infelizmente temos pouco tempo para treinar e colocar em prática nossas ideias”.
Trabalho com a base
“Eu conto com todo mundo. Quem vai me dar resposta é o jogador. Gosto de fazer treinamentos usando a base. Tenho boas informações do Lázaro. Mas jovens você tem que saber lançar. Se o jogo e o momento forem errados, você pode queimar. Foi assim que trabalhei no Grêmio e pretendo fazer igual. Por onde passo gosto de trabalhar com jovens. Pedi um coletivo hoje contra os jovens para que eu possa observar. Na minha passagem no Grêmio descobrimos vários que tiveram sucesso. Sempre que eu puder irei aproveitar”.
Trabalhar com elenco milionário
“Se você gastar 100 reais em um clube ou 200 milhões será cobrado por título. Existem exemplos no mundo todo de clubes que gastam muito e não vencem. As chances de você ganhar são maiores. Mas a cobrança existirá sempre. O elenco é maravilhoso. Ganhar tudo a gente vai trabalhar pra isso mas não somos os únicos. Perdeu peças mas o elenco é muito forte. Temos que trabalhar pra isso”.
Como melhor a relação com a torcida
“Não lembro de atritos com o clube e a torcida. Zico sempre me disse que eles gostam de mim. Nos últimos dias na praia recebi um grande carinho. Vamos trabalhar para dar alegrias a eles. Treinar o Flamengo é diferente. Gosto de desafios. Estou aqui para trabalhar e conquistar títulos dando continuidade às conquistas. Sem dúvida, desde sábado estou muito emocionado. Eu sei da grandeza desse clube e dessa torcida. Eu fui muito feliz aqui”.
Torcida do Flamengo
“Eu considero o Flamengo tão grande quanto a seleção brasileira. Esse é o sonho de todo técnico. Poder voltar ao Flamengo e pisar no Maracanã ao lado desse grupo vencedor será uma honra. Eu sei da força do clube e da torcida. Sei da força deles desde a época que eu jogava. Juntamente com o grupo espero dar continuidade às conquistas”.
Outros técnicos no Flamengo
“Jorge Jesus fez um excelente trabalho. Dome e Ceni tentaram. Cada um tem seu trabalho e suas ideias. Todos trabalham para conquistar títulos. Eu não serei diferente. O futebol você trabalha mas não tem garantia de 100%”.
Volta o público ao estádio
“Sou a favor da volta da torcida com segurança. Já tive a torcida do Flamengo a favor e contra. Sei o quanto é difícil”.
Poupar jogadores
“O poupar em competições as vezes as pessoas interpretam mal. Sempre quero a força máxima mas as vezes é necessário. A fisiologia, a preparação física precisam participar da decisão. O próprio jogador também precisa ser ouvido”.
Zaga do Flamengo
“Quando cheguei no Grêmio o Arthur estava quase sendo emprestado para o Ceará. Eu o segurei e deu no que deu. Vou conversar bastante com os zagueiros. Tenho visto coisas boas”.