O Presidente da CBF, Rogério Caboclo, hoje se encontra afastado de seu cargo. No mês passado, ele recebeu uma acusação de assédio moral e sexual por parte de uma funcionária da Confederação Brasileira de Futebol. No entanto, a situação geral de Caboclo não é boa.
De acordo com o site GE, a 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou um pedido do Ministério Público para investigar Rogério Caboclo. Esta ação diz respeito a irregularidades na eleição de 2018, na qual o ele foi eleito.
Acompanhe o Diário do Fla no Instagram
Dessa forma, a Justiça pode, inclusive, anular o processo eleitoral. Vale lembrar que o período de mandato de Caboclo à frente da CBF começou em 2019 e vai até 2023.
O que está presente no caso é o sistema de pesos nos votos, que foi estabelecido em 2017 para a eleição do ano seguinte. Assim, a nova proposta dizia que o colégio eleitoral teria a participação das 27 federações estaduais (que teriam voto de peso 3), os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro (peso 2) e os 20 clubes da Série B (peso 1). Segundo o GE, a medida de pesos funcionaria para “driblar a maioria dos clubes”. Naquele ano, Rogério Caboclo teve 135 votos e apenas 3 clubes não votaram nele: Flamengo, Athletico-PR e Corinthians.
Curta o Diário do Fla no Facebook
Consequentemente, a nova organização eleitoral recebeu a acusação de não seguir “as regras democráticas previstas pela legislação”, de acordo com o Ministério Público.
No entanto, a CBF discorda da acusação. Além disso, alega que tem a sua autonomia e, como se trata de organização privada, a Justiça não pode rejeitar a eleição.
Os próximos passos do caso na CBF
Ainda segundo o GE, Rogério Caboclo e todos os 8 Vice-Presidentes eleitos em 2018 podem receber um afastamento de seus cargos caso a Justiça do RJ tenha um posicionamento favorável em relação ao pedido do Ministério Público. Dessa forma, o diretor mais velho assumiria o cargo e chamaria novas eleições num período de até 30 dias, de acordo com o estatuto da CBF.