Clubes do Rio fazem ações para o dia LGBTQIA+, mas seleção brasileira vai na contramão

Data é importante para relembrar que a luta por igualdade não acabou

Clubes do Rio fazem ações para o dia LGBTQIA+, mas seleção brasileira vai na contramão

Dia 28 de junho é comemorado o dia do Orgulho LGBTQIA+ e os quatro grandes clubes do Rio fizeram ações em homenagem. O Flamengo entrou em campo contra o Juventude com números das cores da bandeira LGBTQIA+ e Mantos serão leiloados. Em ação feita pelo departamentos de Futebol, Responsabilidade Social e Marketing do clube, toda a renda será revertida para instituições que trabalham com acolhimento e garantia de direitos LGBTQIA+: Casa Nem, do Rio de Janeiro, e Manifesta LGBT, de Manaus.

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Em sua rede social, o Mais Querido fez a seguinte publicação : “Respeitar o gênero e a sexualidade das pessoas é muito simples. Cada um tem o direito de ser e amar quem quiser, sem que sua vida fique em risco por isso. No Dia do Orgulho LGBTQIA+, desejamos que o mundo seja um lugar seguro para todos se expressarem e manifestarem seus afetos sem medo”. Em entrevista para o portal UOL, Claudio Nascimento, que é presidente do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT e Diretor de Políticas Públicas da Aliança Nacional LGBTI+ falou sobre a ações feitas pelos clubes.

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“O futebol deu um passo muito importante. Foram vários clubes, no país inteiro, que, de alguma forma, se posicionaram contra a LGBTfobia e afirmaram a necessidade de respeito e luta contra o preconceito. Neste sentido, diversos clubes do país estão de parabéns. Em particular, os clubes do Rio de Janeiro deram um show. Tiveram iniciativas importantes em todos os grandes clubes, como Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Isso mostra um momento muito importante no futebol, a criação de um novo marco civilizatório. Espero que a CBF, e outros clubes, tomem como exemplo o que o Rio fez, que é possível conviver com as diferenças, que não é possível mais seguir com preconceito, seja contra torcedores ou jogadores”, concluiu.

Na contramão dos clubes, o portal UOL mostrou recentemente que a Seleção Brasileira era a única da Copa América que não usava o número 24. De forma bastante preconceituosa, o número 24 é o veado no jogo do bicho, com isso, as pessoas associam esse número ao homem gay. O Grupo Arco Iris de Conscientização Homossexual entrou com uma ação contra a CBF questionando o fato da instituição não usar o número em suas camisas.

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“Que a CBF, agora, pare com essa bobagem. Única seleção na Copa América que não usa o número 24 por causa dessa bobeira de ainda associar o número 24 a homossexual. Quem disse que queremos ser associados a isso? É um número qualquer. Ela precisa parar com isso, porque só fortalece esse estigma. Está na hora de tomar o exemplo desses times, como o Fluminense fez, que o número 24 foi utilizado no jogo. Essa questão do número 24 é só mais uma reprodução de preconceito e a CBF tem de ajudar a quebrar isso”, concluiu Claudio Nascimento.