A punição de dois anos a Gabigol gerou um intenso debate e diferentes pontos de vista sobre a rigidez do julgamento. Ivan Pacheco, um dos auditores do TJ-AD, falou em entrevista sobre a punição ao jogador do Mengão.
“A pena é baseada no código. Todos os ritos processuais e legais foram cumpridos. Ninguém inventou essa pena para o Gabigol, não se fez um julgamento especial porque é ele. O rito seguiu estritamente de acordo com o regulamento”, explicou Ivan.
Gabigol e o Flamengo afirmam terem sido pegos de surpresa pela punição e planejam recorrer na Corte Arbitral do Esporte (CAS). O clube acredita que a visibilidade do caso devido à notoriedade de Gabigol influenciou na severidade da punição. Segundo a diretoria rubro-negra, não houve fraude por parte do jogador, apenas um mau comportamento.
Os profissionais do doping consultados descrevem o caso como “incomum” e apontam uma série de problemas por parte de Gabigol, incluindo falta de cordialidade e irregularidades no processo de coleta de amostras. A defesa do jogador argumenta que se tratou apenas de um comportamento inadequado e aponta inconsistências nos depoimentos durante o julgamento.
Gabigol precisará cumprir cerca de um ano da punição caso o recurso não seja aceito, contando a partir da data do exame em abril de 2023. O recurso ao CAS pode levar aproximadamente seis meses para ser concluído, o que faria o jogador perder toda a temporada. Por isso, a defesa busca um efeito suspensivo para permitir que ele jogue enquanto aguarda.
Tanto o Flamengo quanto Gabigol se manifestaram publicamente sobre o assunto, expressando surpresa e descontentamento com a decisão do tribunal. O clube promete auxiliar o jogador no recurso, enquanto Gabigol reafirma sua inocência e compromisso com as regras do jogo, confiante de que será absolvido pela instância superior.