Análise Tática Flamengo 3 x 0 Athletico: Primeiro tempo avassalador

Mais Querido não encontrou dificuldades e garantiu o resultado em 48 minutos

(Foto: Reprodução/Alexandre Vidal/Flamengo)

O Flamengo venceu o Athletico por 3 a 0, neste domingo (03/10), no Maracanã, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O adversário entrou em campo com o time praticamente todo reserva e o Mais Querido não teve pena. O rubro-negro carioca foi avassalador na primeira etapa e garantiu o a vitória com 48 minutos, indo para o intervalo já com a vantagem de 3 gols. A partida também teve questões táticas interessantes, que foram cruciais na vitória.

O Mais Querido entrou em campo novamente no 4-2-3-1. Renato Gaúcho teve à disposição praticamente todos os jogadores do time considerado “ideal” pelo treinador, apenas sem David Luiz, além de não contar com Diego, Thiago Maia e Matheuzinho no banco. Assim, a equipe ficou com: Diego Alves; Isla; Rodrigo Caio e Léo Pereira; Filipe Luís; Willian Arão e Andreas Pereira; Everton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique; Gabigol.

O time entrou para cima do Athletico. Diferente de alguns jogos, a equipe estava bem compacta, com as linhas próximas. O Flamengo aproveitou também a inferioridade técnica do adversário e pressionou, indo com todos os jogadores para o campo de ataque e sem deixar o furacão respirar. Pela esquerda, Bruno Henrique abria, Andreas adiantava pelo meio e Filipe Luís aparecia para a triangulação. Já na direita, Isla explorava o corredor, Everton Ribeiro caía por dentro e o próprio Gabigol aparecia. Arrascaeta, por sua vez, flutuava pelos dois lados.

O primeiro gol saiu aos 4 minutos. Arrascaeta passou para Andreas Pereira no meio de campo, que avançou com velocidade por dentro e abriu para Bruno Henrique na ponta. O atacante dominou a bola e devolveu para o belga-brasileiro na entrada da área, que chutou de primeira, rasteiro, com força, explodindo a trave. No rebote, Everton Ribeiro, que fez a infiltração na diagonal, empurrou para o fundo das redes.

Já o segundo foi uma jogada tradicional do Flamengo e que avisamos na análise pré-jogo que seria uma arma importante. Isla avançou com a bola e tocou para Gabigol, aberto na direita. O atacante tocou para a infiltração de Everton Ribeiro, que dominou, voltou para o lateral, que podia cruzar, mas devolveu no camisa 9, no bico da área. Gabi, então, cortou para a perna esquerda e cruzou na segunda trave, na medida para Bruno Henrique, que infiltrou e cabeceou, ampliando o placar.

A partida passou a ficar controlada e o Athletico ficou todo fechado. O Flamengo tinha a posse e rodava a bola, buscando um espaço para atacar, mas sem conseguir criar mais grandes chances. Então, aos 37, o furacão finalmente tentou atacar. Primeiro, chegou em cruzamento na área, que a zaga do Flamengo afastou. No minuto seguinte, o lance de maior perigo. Carlos Eduardo foi lançado na direita, driblou Léo Pereira com facilidade e foi derrubado por Rodrigo Caio, sofrendo o pênalti. Por sorte do Mais Querido, o jogador estava impedido no começo da jogada e o lance foi anulado pelo VAR.

O Furacão assustou aos 44, em cobrança de falta, que parou em Diego Alves. Então, aos 48 do primeiro tempo, justamente quando o Athletico estava melhor, o Mais Querido matou a partida. O lance começou com o time paranaense no ataque. Pedro Rocha, ex-jogador do Flamengo, estava com a bola dentro da área pela esquerda e tentou a caneta em Isla, mas Bruno Henrique antecipou, roubou e começou o contra-ataque mortal. BH, rapidamente, lançou Gabigol na intermediária, que tocou de primeira para Arrascaeta. O uruguaio conduziu pelo meio e tinha duas opções de passe: Gabi, na direita, e Andreas Pereira, que entrava pela esquerda. Quando chegou na risca da área, o meia olhou para Gabigol, mas tocou no Andreas, confundindo a marcação. O belga-brasileiro bateu de primeira e ampliou.

Na segunda etapa, o jogo caiu muito de ritmo. Com a vitória praticamente definida e  debaixo de muita chuva, o Flamengo diminuiu bastante a intensidade e praticamente não criou chances. Kenedy entrou no intervalo no lugar de Bruno Henrique, que sentiu a coxa, mas não deu as mesmas alternativas. Renato até mudou o time. Colocou Renê no Filipe Luís aos 27, o que não mudou muita coisa. Aos 35, fez uma mudança tripla, botando Rodinei, Michael e Pedro, nos lugares de Isla, Everton Ribeiro e Gabigol. A equipe permaneceu no 4-2-3-1, com o Kenedy caindo para a direita – onde rendeu mais – e Michael na esquerda.

O Mais Querido aumentou de intensidade e criou três chances. Na primeira, Arrascaeta recebeu na entrada da área pelo meio e deu bela enfiada de bola para Pedro, de cavadinha. O centroavante recebeu na cara do goleiro, mas, na hora de dominar a bola, acabou deixando escapulir, perdendo boa chance. Depois, Kenedy deu belo cruzamento da direita na direção do centroavante, que não conseguiu cabecear direito. Já nos últimos minutos, o uruguaio chutou da meia-lua, só que não pegou em cheio e a partida terminou em 3 a 0 para o Flamengo.

A vitória, então, foi tranquila para o Flamengo, que decidiu em 48 minutos. O Mais Querido mostrou uma compactação bem interessante, bastante intensidade e muita movimentação dos jogadores. Andreas Pereira teve outra excelente partida, sendo fundamental na transição da defesa para o ataque e pisando constantemente na área. Além disso, time conseguiu se preservar no segundo tempo, o que pode ser bem importante, levando em conta a maratona de jogos que vai passar.