O Flamengo venceu o Coritiba por 1 a 0, nesta quinta-feira (10/06), pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Apesar de ser um confronto decisivo, de mata-mata, a partida parecia um treino. O ritmo foi bem abaixo, principalmente depois do gol marcado por Rodrigo Muniz. Ainda assim, teve alguns pontos táticos positivos para se considerar, além, claro, do fato do time ter chegado no terceiro jogo consecutivo sem sofrer gols, pela primeira vez na “Era Ceni”.
O time começou muito bem. Os primeiros 15 minutos foram de pressão absurda, produzindo várias chances e sem deixar o Coritiba criar. O Mais Querido costuma atuar, com a bola, em uma espécie de 3-2-3-2, com Filipe Luís como um dos três defensores e Matheuzinho de ala, na mesma linha que os meias armadores. Mas, o Coxa estava tão recuado, que os dois laterais estavam com muita liberdade para avançar.
Assim, o Flamengo atuou em um 4-2-3-1, com Diego e João Gomes como dupla de volantes, Everton Ribeiro na meia-direita, Vitinho centralizado e Bruno Henrique aberto na esquerda, sendo Rodrigo Muniz o centroavante. Com a bola, além dos dois laterais tendo liberdade para atacar, pelo menos um dos volantes constantemente avançava para a outra linha de meias.
Com isso, a equipe conseguiu produzir muito. Os passes estavam rápidos, buscando a triangulação e o espaço para finalizar pelo meio de fora da área, ou, como fez muito, achando a velocidade pelo lado para cruzar, procurando as cabeçadas de Rodrigo Muniz e Bruno Henrique. A estratégia deu certo. O time deu 6 finalizações em 15 minutos e abriu o placar.
Entretanto, após o gol, o jogo virou outro. O Flamengo continuou bem postado no ataque e com a posse, sem deixar o Coritiba jogar. O estilo do adversário também caiu perfeitamente para o Mais Querido, já que era um time lento, sem velocidade para o contra-ataque, e que marcava postado, sem fazer pressão em cima do jogador com a bola.
Então, o rubro-negro se poupou em campo e tirou toda a intensidade do jogo. Os passes ficaram lentos e o time não criou mais. Ainda assim, os 15 minutos iniciais foram muito bons e animantes. Além disso, o fato de não ter sofrido gols pela terceira vez consecutiva é fundamental para dar confiança à defesa – tão criticada na temporada.