O Flamengo ganhou poder de barganha com a Caixa Econômica nas negociações para a aquisição do terreno do Gasômetro, local tido como preferido para a construção do próprio estádio. Isso porque, o valor oferecido pelo Rubro-Negro por metro quadrado é maior que a avaliação da empresa.
De acordo com a apuração do site “Ge”, a Prefeitura do Rio de Janeiro pagou R$ 1.533 por metro quadrado no local pretendido pela diretoria do Flamengo. Ao todo, o governo do município comprou 26.617,03 metros quadrados do terreno administrado pelo fundo da Caixa. Vale destacar, que a construção do Terminal Gentileza ocupou 77 mil metros quadrados, porém o restante do total pertencia a uma cervejaria e uma antiga fábrica de velas.
Nessa subtração, chegamos ao valor negociado com a Caixa anteriormente citado. Contudo, a empresa briga na Justiça contra o Município alegando que houve prejuízo na negociação. Desta forma, são cobrados R$ 12,9 milhões ao órgão público, totalizando o valor de R$ 53,7 milhões. Com base nesses números, o metro quadrado da área sobe para R$ 2.018.
Ponto para a diretoria Rubro-Negra
Assim, o Flamengo ganha um grande poder de barganha na negociação, tendo em vista que a diretoria do clube estaria disposta a pagar R$ 2.873 por metro quadro. A oferta inicial Rubro-Negra é de R$ 250 milhões por cerca de 87 mil metros quadrados.
O valor também supera a avaliação do Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) que previu o custo de R$ 236 milhões pelo negócio, em 2022. Mesmo corrigindo a quantia para 2024 pelo INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), iria para cerca de R$ 246 milhões, ainda abaixo dos R$ 250 milhões.
Impasse
Por fim, o impasse pela negociação do terreno surge porque a Caixa acredita que a região valorizou nos últimos anos. Desta forma, a empresa pede R$ 400 milhões pela área de interesse Rubro-Negro. As conversas seguem paralisadas após uma primeira reunião. Embora ache a região como a ideal para o projeto, o Flamengo não descarta construir o próprio estádio em outro local do Rio de Janeiro.