O início de temporada no Flamengo começou bem turbulento, com a perda do Campeonato Carioca para o Fluminense, o clima esquentou. Situações dos bastidores foram expostas e o ambiente ficou bem pesado.
Fora de campo, os torcedores cobram cada vez mais dos dirigentes. Marcos Braz e Rodolfo Landim são os alvos, com Landim fora do Brasil, Braz assumiu as rédias. Porém algumas decisões acabaram voltando contra ele.
O cancelamento da reunião com as torcidas acabou gerando um protesto no Ninho do Urubu, onde os jogadores foram cobrados, alguns tiveram até seus carros danificados por torcedores. Outro cancelamento que pesou contra Braz, foi o da reunião com os Conselheiros.
As represálias contra Braz foram intensas, além da carta feita, os Conselheiros buscam mudanças que afetam diretamente o dirigente. A primeira é a proibição de dirigentes do Flamengo tenham cargos públicos, Braz é vereador.
Outra mudança foi sugerida pelo ex-vice de administração Rafael Strauch, o seu projeto visa acabar com a figura do VP de Futebol, e contratar um profissional que seja remunerado para ser responsável pelo departamento de futebol.
O ex-VP de Finanças do Flamengo, Wallim Vasconcellos usou suas redes sociais para falar sobre a proposta de profissionalização do clube, Wallim disse que muitas pessoas perguntaram sua opinião.
“Acho que o projeto de profissionalização do Flamengo meritório e no melhor interesse do clube. Em primeiro lugar afirmo que o Flamengo evoluiu bastante na governança de 2019 para cá, não tanto quanto eu gostaria, mas aconteceu”, disse Wallim.
Wallim Vasconcellos que algumas mudanças devem ser feitas, o ex-dirigente disse ter analisado o estatuto de alguns clubes do Brasil, enxergando alguns pontos importantes.
“Entrando na questão da profissionalização do Flamengo, o cerne da proposta é que os vices-presidentes não sejam vinculados a pastas específicas, ou seja, não haveria mais VP disso ou daquilo. No ano passado analisei o estatuto de alguns clubes do Brasil e percebi que Grêmio e Bahia possuem VP sem pasta específica”.
Wallim ainda completou dizendo sobre toda uma tendência que foi criada para os VP’s, que pensando em gestão é completamente errada.
“Existe uma tendência para que o VP tenha uma atuação no dia a dia, interagindo diretamente com o diretor da sua pasta e muitas vezes passando por cima de decisões de diretor geral (CEO). Sob o ponto de vista de gestão essa situação é toda errada”.
Por fim, o ex-dirigente rubro-negro garantiu que alguns pontos precisam ser revistos. Para que a correção da redação no projeto seja feita. Wallim garantiu que realizando essas mudanças fica a favor da aprovação.
“Tenho apenas três comentários a fazer sobre a proposta: 1 – na lista das diretorias, faltou incluir a mais importante, que é a diretoria de compliance, a ser ocupada por uma pessoa de fora do clube, totalmente independente e com uma formação compatível com o cargo; 2 – o clube já é composto por profissionais, mas falta ainda redesenhar e adequar a estrutura organizacional à sua estratégia, descrever os cargos, funções e as capacitações necessárias de quem os ocupa e, finalmente 3 – a proposta precisa de uma revisão, pois além de confusa e redundante em algumas partes, possui termos técnicos equivocados. Vi, entre os signatários da proposta, pessoas bastante capacitadas para fazer essa revisão. Temo que, se a redação não for aprimorada, possa atrapalhar o processo de aprovação, o que não seria benéfico para o clube. Finalmente, entendo mais adequado chamar o projeto de proposta de governança. Caso a redação seja ajustada, sou a favor da sua aprovação”.
