Wallim Vasconcellos: ‘No que depender do lado financeiro, o Malvadão tem tudo para continuar hegemônico’

'Clube alcançou um expressivo superavit de R$ 115,8 milhões, revertendo com sobras o prejuízo observado no mesmo período do ano passado', diz colunista do DIÁRIO DO FLA

Atlético 'Longe de menosprezar o Atlético, mas não se pode comparar dois clubes de expressões tão diferentes', diz Wallim
Foto: Reprodução / Flamengo

Recentemente, o Flamengo publicou o balancete do terceiro trimestre de 2021. Cogitei escrever um texto de análise contendo termos técnicos de contabilidade e finanças, mas cheguei à conclusão que seria melhor, para que todos pudessem compreender, utilizar uma linguagem mais simples, sem perder o foco no que de mais importante consta no documento. Então, vamos lá!

Em primeiro lugar, vale salientar a boa gestão feita pela administração do Flamengo no que se refere à parte econômico-financeira durante o período de pandemia; redução de gastos, priorização de investimentos e gestão firme do caixa foram os pilares que sustentaram as finanças do clube no período.

O aumento da receita foi suportado, principalmente, por prêmios de conquistas, pela venda de atletas, patrocínios e transmissão. Importante salientar que vendas e compras de atletas fazem parte da gestão esportiva e financeira. Não é problema nenhum vender um ou vários atletas para cumprir o orçamento ou obter um conforto no caixa. Qualquer empresa age da mesma maneira. Ainda mais numa época de pandemia, onde a queda de receitas afetou significativamente a capacidade de investimentos e gastos. Além do mais, é por isso que é muito importante investir em bons “ativos” (nesse caso, atletas), pois se precisar vender ou mesmo se receber uma boa proposta, a entrada de recursos no caixa será considerável. Vamos falar um pouco agora sobre a tão “comentada” divida!

O Flamengo conseguiu nestes últimos nove meses, mesmo com toda a dificuldade encontrada, reduzir e alongar seu endividamento; ou seja, amortizou uma parte e ainda conseguiu prazo mais longo para pagar os seus credores.

Li alguns comentários dizendo que foi preciso vender atletas para reduzir a dívida: e qual o problema? Como disse acima, faz parte da gestão esportiva e financeira comprar e vender atletas, desde que dentro do orçamento aprovado.

Voltando à divida, esta possui dois componentes importantes e positivos para o clube: prazo longo e custos baixos, tanto impostos quanto compra de atletas. A divida bancária é relativamente baixa e possui prazos e custos bem atrativos. Resumindo, esta divida não é nada que assuste e o clube a tem sob controle.

Finalmente, o clube alcançou um expressivo superavit de R$ 115,8 milhões, revertendo com sobras o prejuízo observado no mesmo período do ano passado. No que depender do lado financeiro, o Malvadão tem tudo para continuar hegemônico por muitos anos.

Até a próxima!