‘Uma falta de cuidados com a população’, diz comentarista sobre liberação de público para partidas do Flamengo

Ao todo, três partidas do Mais Querido contarão com a presença de público no Maracanã

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Torcedores comemoram gol de Gabigol em partida contra o Olimpia, pela Copa Libertadores. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo.

Na última terça-feira, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que três jogos do Flamengo no Maracanã contarão com a presença de público. Dessa forma, o primeiro teste acontecerá no dia 15 de setembro, contra o Grêmio, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Segundo o comentarista José Trajano, em fala durante o programa UOL News Esporte, a decisão representa “uma falta de cuidados com a população”.

“Uma vergonha, uma falta de cuidados com a população, uma falta de cuidados sanitários. Tem que estabelecer o seguinte, o Rio de Janeiro é o epicentro da variante delta, é o estado, é o lugar, é a cidade onde a variante delta se instalou com mais força, é muita gente e esses eventos teste não têm dado certo”, disse José Trajano.

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Além da partida pela Copa do Brasil, que contará com 35% da capacidade do Maracanã, também contarão com a presença do público os jogos contra o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro (40%) e contra o Barcelona de Guayaquil, pela Libertadores (50%).

“O que me incomoda muito é que fica todo mundo junto no estádio, não se distribui as pessoas pelo estádio. E outra coisas, não é só no estádio, dentro do estádio, é o caminhar para o estádio, as pessoas têm que pegar condução, pegar metrô, pegar ônibus, e depois se aglomeram na porta do estádio, ficam juntas todo mundo para entrar, é uma confusão danada para entrar. Então, não é só o estádio. As pessoas, dentro do estádio, a maioria não usa máscara, um fica muito perto do outro, e você sabe como é o futebol, fez um gol, todo mundo pula em cima do outro, se agarra, agarra quem está do lado, não sabe nem quem é, grita gol, grita sem máscara, fica cuspindo na cara do outro, é muita gente”, complementa o comentarista.

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Com isso, José Trajano finaliza a sua fala apontando uma aproximação entre o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). A partir disso, o primeiro usaria a popularidade do Mais Querido para conseguir a aprovação de determinadas medidas, como a liberação do público no Maracanã. Ainda mais, o comentarista chamou Landim de “negacionista”.

“O que a gente não pode esquecer e parece que nós esquecemos é que a pandemia ainda não acabou. O Flamengo, como anda de braços dados com o ‘Capitão Corona’, o Landim, presidente do Flamengo, é negacionista, é amigo do presidente da República, ele consegue com o poder que o Flamengo tem, é um time muito poderoso, é o time da maior torcida do Brasil. Eu acho uma temeridade, uma vergonha, sou contra, é muita gente”, finaliza o comentarista do UOL.

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