O Flamengo derrotou o Nova Iguaçu na tarde deste sábado e encaminhou o título do Campeonato Carioca. Depois da partida, o técnico Tite concedeu entrevista coletiva e, entre diversos assuntos, comentou sobre a situação do atacante Gabigol.
”O que eu posso acessar solidário, não é? Eu espero ver uma mensagem a ele, que a gente quer a ele o mais rápido possível, mas quer também que essa situação no aspecto jurídico e diretivo, ela seja resolvida. Até uma alçada, que ela tem as suas particularidades jurídicas no caso, que está sendo analisada. O que eu posso acessar solidário? Nosso, enquanto departamento todo técnico, a gente está, os profissionais estão acompanhando, fazendo treino específico dentro de base das leis. Tem uma situação legal aí. A gente está realizando esse aporte importante para que, pós-julgamento, o que seja julgado a partir da gente, a gente tenha ele de volta”, disse, antes de emendar sobre o jogo:
”Foi confronto do melhor ataque contra o terceiro melhor ataque. Com opções ofensivas. Com duas equipes que gostam de bola, gostam de jogo, o Carlos está muito de parabéns, mas não pouco, é muito. Falei pra ele pessoalmente, falo de forma pública. A qualidade da equipe da Nova Iguaçu não éo o acaso. Tem trabalho, talvez, muito superior ao meu. Porque ele não tem todo o aparato que o Flamengo me proporciona. E ele, sem todas essas condições, ele consegue fazer uma campanha exemplar. Então, eles tinham perdido um jogo, mas está nada decidido. É uma vantagem, sim, considerável, sim. Mas nós temos consciência, até porque o Flamengo e o César (Sampaio) aqui, nós também já iniciamos a nossa carreira e o Carlos, e sabemos dar valor a isso – disse o treinador do Flamengo”, complementou.
Confira outros trechos da coletiva:
Poupar no segundo jogo
”Não (vou poupar). Eu aprendi na vida que, sempre, o próximo passo é o mais importante. E isso me fortalece numa coincidência, se eu ficar olhando por cima da situação. Estou falando de coração aberto”
Pressão na bola
”A pressão que nós exercemos é sempre na bola, ela é a referência. Deu tiro de meta, nós não voltamos pra marcar uma linha. Nós fizemos pressão sempre. O Nova Iguaçu tentou sair jogando em todas. Porque os dois gostam da bola. A compactação, ela se dá depois intermediária quando a bola está ali. Depois tem uma pressão baixa, porque o adversário daqui a pouco conseguiu ultrapassar. E a bola está dentro do nosso campo e nós temos que compactar. Então a referência de movimentos da equipe, ela se dá em relação à bola. Nós tivemos um volume muito grande de oportunidades”
Preparação para o jogo
”Nós não tivemos duas semanas de treinamento. A gente tinha sete jogadores fora. O trabalho fica prejudicado. Inclusive com desgaste de fuso-horário de viagem. Enfim. Por vezes um quebra cabeça gigante”
Trabalho bem feito
”A gente só consegue desenvolver um trabalho melhor agora nesse ano, na primeira temporada, porque a gente veio antes. Não era a intenção de vir, confesso. Eu gostaria de pegar o início do trabalho, porque era uma situação muito difícil, uma exigência muito alta. Mas todo o trabalho da comissão técnica adianta também o trabalho, mesmo que ficasse com possibilidade de resultados negativos. A exigência de Flamengo é muito alta. A gente conseguiu, naqueles 12 jogos, juntamente com a equipe, a classificação para a Libertadores. Mas também nos adiantou o processo para nós fazermos esse início de ano agora”
Carlinhos
”O que posso falar é que no Corinthians eu não acompanhei ele não”
Cesar Sampaio sobre Carlinhos: ”Falta o exame médico ainda, porém ele tem mais uma semana de nova Iguaçu. É um jogador que chama muita atenção pelos gols. Parabenizo a diretoria pelo processo de fechamento do negócio. A gente se reserva no direito de falar do Carlinhos no Flamengo na próxima semana. Esperaremos pós essa semana”
13 mil gols na história do Flamengo
”Equilíbrio, vou falar de novo, equilíbrio! Se você fizer um monte de gol, não adianta tomar um monte de gol lá atrás. Vai ficar inconstante, sem segurança, sem confiança. Não adianta você ficar não tomando gols para não fazer nada na frente e não agredir o adversário. É uma lógica, o futebol é tão simples, mas é… Bota a bunda lá atrás e vai perder. Quer botar oito atacantes e não tem um compromisso em compactar a equipe naquelas diferentes alturas da bola, vai perder. Ou a chance, desculpa, a chance de perder é maior”
Sobre comandar o Flamengo
”O Flamengo me orgulha muito. Ter tido o convite de vir me orgulha muito. Eu sei que estou no Flamengo como técnico e, repito, isso me orgulha muito”