O Flamengo empatou sem gols com o Vélez, nesta quinta-feira (27/05), no Maracanã, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Rogério Ceni admitiu o mau desempenho da equipe, principalmente no primeiro tempo, e destacou que o time ainda precisa evoluir.
“Sempre é preciso melhorar. Em 2019, eu lembro que o Flamengo terminou em 7º no geral e foi evoluindo e chegou ao título. É o que a gente espera também, assim como temos que valorizar dos 9 pontos jogados fora de casa, termos conquistado 7, tem os dois lados. Mas, hoje, realmente foi um primeiro tempo muito abaixo, assim como foi pós o título da Supercopa, contra o Vasco. Hoje, o primeiro tempo a gente tem que ser realista que foi com pouca intensidade. Já no segundo tempo a gente teve mais controle do jogo, conseguimos jogar, criar mais oportunidades, produzimos bastante, mas, infelizmente, não apresentamos um futebol que costumeiramente o Flamengo costuma jogar”.
Rogério Ceni também falou sobre a escalação, com Pedro no lugar de Bruno Henrique – suspenso – e destacou o fato de não ter tomado gol. Foi a primeira vez na atual edição da Libertadores que a equipe não foi vazada.
“Bom, se não tomamos, é um sinal de melhora. E, obviamente, não fazer gols sempre desperta curiosidade, principalmente se tratando de Flamengo, que tem uma média alta de gols feitos, sempre trabalhando com 2, 3 gols por jogo. Hoje, infelizmente, nós não conseguimos sair do zero. Tivemos até algumas oportunidades, tivemos 4 a 5 chances de gol, abaixo do que o time normalmente vem produzindo e vamos tentar, logicamente, sempre ter movimentação. Hoje tivemos dois homens de área, Pedro e Gabriel, dois 9 centralizados, com os meias pelos lados, perdemos um pouco de velocidade, que o Bruno Henrique dá essa velocidade para a gente, mas tivemos as nossas oportunidades e defendemos melhor que os últimos jogos”.
O Flamengo terminou a fase de grupos na 1ª colocação. O sorteio das oitavas de final vai ser feito na próxima terça-feira (01/06), às 13h. A Libertadores, por sua vez, só volta em julho, depois da Copa América. O rubro-negro, então, foca agora no Brasileirão. O Mais Querido entra em campo no domingo (30/05), às 16h, contra o Palmeiras, no Maracanã, pela primeira rodada da competição.
Confira outras respostas do treinador
Sobre as oitavas de final
“Libertadores muito emocionante, muitos campeões, concentrado na parte debaixo da América do Sul. Vai ser extremamente competitiva e emocionante desde as oitavas”.
Vantagem de jogar em casa
“Hoje em dia, sem público, a vantagem é muito pouca. Não tem o peso da sua torcida, tem o fato de conhecer o campo, o gramado. Nós aqui, o gramado deu uma piorada, não ajuda muito. Os dois potes ficaram com times tão bons que a vantagem é quase nula.”
O time está preparado?
“O Flamengo sempre enfrenta todos, geralmente com mais posse, dominando o jogo. Mas a pergunta faz sentido, porque o primeiro tempo foi abaixo, temos que entender as críticas.”
Dificuldades
“A gente sempre tem que evoluir, buscar melhorar. Pegamos um grupo muito difícil, hoje, se você analisar só pelo primeiro tempo, ela realmente não agradou. Mas sair classificado em primeiro nesse grupo, entrando em campo já classificado… Acho que a maior dificuldade vai ser agora na Copa América, sem Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gabigol, Isla.”
Arão na zaga contra o Palmeiras?
“Nós temos que ver amanhã com a avaliação médica, tanto do Gustavo como do Rodrigo. Assim como o Pedro. O tempo de recuperação é muito curto, não consigo dar uma resposta sobre isso. Vamos definir no sábado o time que enfrenta o Palmeiras.”
Pedro no lugar de Bruno Henrique
“O Pedro é um jogador mais de referência, de área. O Bruno é mais de velocidade. É um time que prende mais a bola, que aguenta mais a bola do que o Bruno Henrique. E o Bruno faz essa troca com o Arrascaeta, tem essa movimentação. Mas é importante dar minutos para Pedro e Gabigol, como muitos sempre pediram. É importante que eles estejam tentando se entrosar.”
