Protestos dão lugar a apoio no Maracanã, e torcida dá trégua em busca do título

Jogadores também demonstraram apoio ao treinador Jorge Sampaoli

( Foto: Paula Reis / CRF)

Em um jogo sem brilhantismo do Flamengo, mas com mais vontade que nas partidas anteriores, o grande destaque do jogo foi a Nação. Na segunda metade do primeiro tempo, a intensidade do Flamengo diminuiu, mas a torcida continuou apoiando sem vacilar. Os jogadores rubro-negros foram para o intervalo ouvindo a arquibancada entoar o hino do clube.

Embora o apoio fosse constante, a verdadeira festa no Maracanã começou aos 24 minutos do segundo tempo, quando o árbitro Bráulio da Silva Machado foi chamado ao VAR para revisar uma possível penalidade após um toque no braço do jogador do Grêmio, Rodrigo Ely, após um desvio de Léo Pereira. Enquanto a análise era exibida nos telões, a multidão explodia a cada repetição que mostrava a bola tocando o antebraço do zagueiro. O pênalti foi confirmado e a euforia tomou conta.

Arrascaeta cobrou o pênalti no meio do gol e, após a conclusão, correu em direção ao banco de reservas. Ele olhou para seus colegas de equipe que estavam um pouco mais distantes no campo e, com gestos que pediam união, liderou um abraço coletivo. Enquanto isso, os cânticos de “Flamengo, outra vez eu vou te apoiar” ecoavam novamente no estádio.

Um grupo se formou na comemoração, e Gabigol chamou Jorge Sampaoli para participar. O técnico se juntou ao círculo e recebeu afagos carinhosos de Fabrício Bruno. Rodrigo Caio e Thiago Maia também brincaram com a careca do argentino. Arrascaeta e Gerson preferiram abraços, enquanto Bruno Henrique tocou a mão do treinador acima.

Em sua entrevista coletiva, Sampaoli comentou que a comemoração conjunta nas vitórias é “normal”, mas destacou que a união é ainda mais crucial nos momentos difíceis. Gabigol já havia demonstrado apoio ao treinador na adversidade, momentos antes do gol. Embora tenha tido uma atuação abaixo da média, o atacante foi substituído por Luiz Araújo, e a torcida ensaiou alguns xingamentos a Sampaoli. O camisa 10 respondeu com aplausos ao treinador.

Após 90 minutos de apoio incondicional, os torcedores do Flamengo entoaram três músicas de protesto assim que Bráulio da Silva Machado apitou o fim do jogo. Primeiramente, o alvo foi o presidente Rodolfo Landim, que recebeu uma série de xingamentos. Marcos Braz também foi alvo de críticas, embora com menos intensidade. Para encerrar, os torcedores rubro-negros se manifestaram em alto e bom som com os gritos de “nós queremos respeito e comprometimento, isso aqui não é Vasco, isso aqui é Flamengo”.