Dia 13 de novembro completa 40 anos do título mais importante da história do Flamengo, 40 anos que Zico e companhia colocaram os ingleses na roda. Para relembrar o momento, o Galinho de Quintino conversou com o “The Players Tribune” sobre a conquista.
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“A gente já sabia como o Liverpool jogava, a linha de impedimento, a linha de quatro… Nós não deixamos de jogar o nosso jogo, mas nos aproveitamos de algumas situações. Se eles vinham com tudo, eu combinei com o Nunes que era pra ele ficar esperto, que eu ia lançar. Eles fazem a linha, eu meto a bola, e o Nunes entra sozinho.”
O maior ídolo da história do Mais Querido relembra que no terceiro gol, o camisa 10 disse que já sabia o posicionamento de Nunes e fez o passe sem olhar para o atacante. O Mengão não tomou conhecimento da equipe europeia e fez 3 a 0 com tranquilidade.
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“O primeiro gol eu lanço por cima, Nunes bota pra dentro na saída do goleiro. O segundo eu bato a falta, a bola quica na frente do goleiro, sobra pro Adílio, que bota pra dentro e sai correndo apontando pra tribuna, onde estava a mulher dele. Eles tinham acabado de noivar. No terceiro, eu nem olho. Já sabendo que os zagueiros estariam em linha, lanço o Nunes por baixo. Ele correu muito, mas deu só dois toques na bola. O segundo foi o chute. Tudo resolvido no primeiro tempo”.
Ser campeão mundial é algo que poucos clubes brasileiros conseguiram, por isso, muitos torcedores adversários têm aquela dorzinha de cotovelo e tentam desmerecer a conquista do Flamengo dizendo que o Liverpool entrou na partida desinteressado.
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“Muita gente tenta desvalorizar, dizendo que os ingleses menosprezaram a disputa, mas nada disso. O nosso time era bom mesmo, metemos aquele chocolate, e eles ficaram quietinhos lá, né? Ninguém comenta que eles tinham vantagem física, porque chegaram no meio da temporada, com melhor condicionamento, e a gente estava no final. O desgaste para nós era grande, mas a qualidade do nosso time era ainda maior. Sem contar que sabíamos exatamente cada movimento que eles iriam executar no campo. É por isso que eu disse que, pra contar a história do Mundial de 1981, só contando tudo desde o começo”.
