Montevidéu respira a capital do futebol sul-americano

Uruguai tem clássico com uma das maiores rivalidades do mundo

Montevidéu respira a capital do futebol sul-americano
Foto: Divulgação / Internet

Uruguai, Montevidéu e o Estádio Centenário concentram os olhos do amantes do futebol nesse mês de novembro. As finais da Copa Libertadores e da Sul-Americana irá atrair milhares de turistas que poderão conhecer a história, arquitetura, literatura e arte da capital uruguaia. O país também tem uma das maiores rivalidades do futebol sul-americano.

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Nacional e Peñarol já eram rivais de nascimento, antes mesmo do primeiro duelo, em 1900. Um clássico capaz de paralisar um país e que modelou parte da história do futebol na América do Sul. É necessário regressar 121 anos para encontrar o primeiro duelo entre as mais populares equipes do Uruguai, duas das potências do continente. Foi em 1900, quando o Peñarol ainda se chamava Central Uruguay Railway Cricket Club (CURCC) e venceu o Nacional por 2 a 0.

As origens de ambos ajudaram a criar a rivalidade. O CURCC surgiu em 1891, cujas raízes
remontam a imigrantes ingleses representantes de empresas ferroviárias. Instalou-se no bairro Peñarol, noroeste de Montevidéu. A popularidade da equipe cresceu a ponto de transcender a própria empresa. Anos depois, em 1899, fundaram o Club Nacional de Football, uma resposta criolla aos times “vistos como estrangeiros”.

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Em 1902, o jornal “El Día” já consolidava Peñarol e Nacional como um clássico e os citava como “os grandes rivais de sempre”. Já em 1908 eram “os inconciliáveis adversários de todas os tempos”, segundo aparece nas crônicas antigas, embora a continuidade do CURCC fosse sempre discutida. Em 1913, o clube passou a se chamar Peñarol e, um ano depois, seria definitivamente Club Atlético Peñarol. Se essa continuidade será efetiva ou não, é papo de bar e café que continua ainda hoje.

Peñarol e Nacional foram protagonistas do futebol, não apenas no Uruguai, onde são os
mais populares, mas também no continente. Dez finais disputadas e cinco títulos de Conmebol Libertadores para o Manya, o time do país que mais vezes conquistou o torneio. Foi o primeiro campeão da Copa, em 1960, e o primeiro bicampeão (1960 e 1961). O Nacional, por sua vez, sagrou-se vencedor por três vezes em seis decisões jogadas (1971, 1980 e 1988). Essas duas grandes equipes incentivaram o futebol no continente, já que o clássico uruguaio transcendeu fronteiras até invadir os livros de história.

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Nacional-Peñarol, ou Peñarol-Nacional, foi o confronto que mais se repetiu na Conmebol
Libertadores: 38 vezes, com 13 vitórias do Manya, dez do Bolso e 15 empates. Pela Conmebol Sul-Americana, por sua vez, se cruzaram apenas duas vezes, pelas oitavas de final da atual edição, com uma vitória para cada lado. O Peñarol avançou: triunfou por 2-1 como visitante na ida e perdeu por 1-0 na volta. Essa rivalidade histórica segue afetando o dia a dia dos torcedores. Respira-se futebol no Uruguai, e a cada vez que Peñarol e Nacional se enfrentam o país para. Como ocorrerá nas próximas semanas, quando o Estádio Centenário, que já serviu de casa para ambos, receber as finais da Conmebol Sul-Americana e Conmebol Libertadores.