Marcos Braz, vice-presidente de futebol do clube, abordou o caso envolvendo Gabigol. Em declarações à imprensa presente no Maracanã antes da partida contra o Nova Iguaçu, o dirigente criticou a postura do atacante em relação aos testes de antidoping, assim como seu comportamento em relação aos fiscais.
Gabigol é acusado de ter dificultado os testes de antidoping e tratado os fiscais com desrespeito. No entanto, Braz argumentou que a punição imposta foi severa, considerando que os resultados dos testes de sangue e urina deram negativos.
“Deixe claro que Gabriel realizou o teste de sangue assim que chegou, e deu negativo. Quem tenta burlar algo não faria o teste de sangue. Se ele tivesse qualquer dúvida ou desconforto, não teria realizado o teste. Ele o fez e depois foi treinar. Como ele começou os treinos, só poderia fazer as análises adicionais 2 horas depois, quando estivesse descansado. Isso demorou, Gabriel também contribuiu para que tudo ficasse de uma maneira ácida, mas há uma questão central: ele fez testes de sangue e urina e não detectou absolutamente nada”, explicou Braz.
Vale lembrar que Gabigol foi suspenso por dois anos pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD/AD), mas a punição vai até abril de 2025, pois o incidente ocorreu em abril do ano passado. Apesar disso, o Flamengo e o jogador irão recorrer ao Corte Arbitral do Esporte (CAS). Enquanto aguarda o desfecho, o clube contratou Carlinhos, do Nova Iguaçu, como reserva imediato de Pedro.
“O jogador cometeu erros, poderia ter amenizado algumas coisas, mas não o fez, porém, consideramos que a punição foi injusta. Acreditamos que em um novo julgamento, apresentando novas provas, haverá uma análise mais justa. Confiamos muito na liberação dele desde o início. Vamos aguardar”, afirmou Braz.
Por fim, Braz revelou que conversou com o jogador sobre o assunto, mas não entrou em detalhes. Ele enfatizou que a relação entre as partes está boa e que Gabigol continua treinando. O contrato do jogador com o Flamengo vai até o final de 2024, mas é provável que haja uma renovação, mesmo se a punição for mantida.
“Já conversei com ele, e a conversa fica entre nós. Ele está bem dentro do possível, continuando a treinar. Ele sabe que o clube está o defendendo, como faria com qualquer funcionário ou jogador. Agora é aguardar a decisão do comitê internacional”, concluiu Braz.