O mandato de Rodolfo Landim como presidente do Flamengo se encerra em dezembro do próximo ano. Nos próximos meses, haverá especulações, articulações, acordos e coalizões políticas em torno da sucessão. Anteriormente, em tempos de dificuldades financeiras no clube, havia três ou quatro candidatos à presidência. Porém, com o atual bom momento financeiro, o clube faturando cerca de R$ 1,2 bilhão por ano, é esperada uma disputa eleitoral acirrada.
Em entrevista realizada para o jornalista Mauro Cezar Pereira, Landim respondeu aos questionamentos do jornalista sobre o futuro do Flamengo, e de qual maneira o atual presidente irá atuar na política do Mengão no futuro.
Perguntado sobre quem ele apoiaria na eleição que acontece no final de 2024, Landim respondeu dizendo: “Esse é um assunto para ser pensado a partir de meados do ano que vem.” Landim também se esquivou da pergunta sobre um possível futuro cargo. “De novo, só vou pensar em concorrer ou não para algum cargo no ano que vem e se vivo estiver.”, disse o presidente.
Mauro também perguntou a Landim sobre a possibilidade de extensão do mandato dele, de 3 para 4 anos, que foi discutida anteriormente.
“A proposta que discutiram comigo é a de estender o mandato de três para quatro anos, mas sem possibilidade de reeleição. O motivo de eu não querer me posicionar naquela época se deveu ao fato de que a mudança, se aprovada, afetará todos os demais poderes do clube, a saber: Conselho de Administração, Conselho Deliberativo, Assembleia Geral e Conselho Fiscal.” respondeu o presidente.
O jornalista por sua vez questionou de que maneira isso poderia acontecer.
“Pelo menos nos casos do Conselho de Administração e Assembleia Geral, os presidentes e vice-presidentes perderiam a oportunidade de se candidatarem à reeleição. Todos foram eleitos pelo mesmo “grupo político”. Não me sentiria confortável de falar sobre o assunto, apresentando meu ponto de vista pessoal, sem saber como eles veriam a implicação dessa mudança nos objetivos deles. Hoje, já sei que pelo menos o presidente do Conselho de Administração (Luiz Eduardo Baptista, o BAP) pensa em ser candidato a presidente, me disse isso pessoalmente, mas disse que ainda não resolveu. Tem mais gente pensando nessa possibilidade e acho até que essa ideia de mudar para quatro quatro anos sem reeleição que os líderes dos grupos querem propor é para tentar acomodar essa vontade dos dois que já se colocaram como interessados, sem dividir o grupo.”, explicou Landim.
Mauro então prosseguiu perguntando se Landim acha justa a extensão.
“Quanto a ser válido a partir da aprovação e a ampliar o meu mandato e de todos os demais poderes, de novo, tem que ser conversado com todos os demais presidentes de poder. Somos um grupo, não estou nisso sozinho e não quero definir nada até porque a decisão, se tomada, seria do Conselho Deliberativo. O que eu poderia fazer é renunciar ao fim dos três anos e deixar o Dunshee (Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente geral e jurídico) assumir, algo que eu a rigor posso fazer a qualquer momento. Lembrando aqui, só assumi um compromisso com os eleitores de ficar mais três anos e costumo cumprir minhas promessas. Além disso, teria que mudar muitas coisas no plano da minha vida familiar e profissional, mas sinceramente está completamente fora dos meus planos de vida.” admitiu o mandatário.
Por fim, Mauro finalizou questionando se Landim também não havia mudado de opinião a respeito de se recandidatar na última eleição.
“É verdade que eu não pretendia me reeleger, mas acabei aceitando concorrer à reeleição por não haver no grupo um nome de consenso e de apoio de todos. Esta será mais uma tarefa a me dedicar no próximo ano. Por enquanto, foco na gestão do clube que já tem muitos problemas para resolver.” finalizou o presidente.