O anúncio da Prefeitura do Rio de Janeiro sobre a liberação de público em 3 jogos do Flamengo no Maracanã causou polêmica. Essas partidas serão eventos-testes e terão um aumento progressivo de capacidade: 35% na partida contra o Grêmio pelo Copa do Brasil, 40% contra o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro e 50% contra o Barcelona de Guayaquil, pela Libertadores.
Durante uma participação no programa “Sportcenter”, da ESPN, o vp jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, reclamou das críticas ao clube. Além disso, ele diminuiu a questão da vantagem de jogar com a torcida e usou o termo “isonomia” para criticar a falta de apoio ao Mais Querido quando as seleções convocam seus jogadores.
“Agora, nós fomos ao STJD por conta dos desfalques de cinco jogadores convocados. O Flamengo ficou várias rodadas desfalcado, não houve um clube do Brasil para apoiar o Flamengo. Nesse momento não houve ninguém preocupado com a isonomia. O que é pior jogar sem torcida ou jogar sem cinco jogadores?”, disse Rodrigo.
Dessa forma, o jornalista Mauro Cezar Pereira criticou o uso do termo “isonomia” no futebol brasileiro, ao qual ele se referiu como “futebol da hipocrisia”. Sua opinião foi publicada em sua coluna no site UOL. A partir disso, Mauro lembrou casos do futebol brasileiro, que mostram que de fato, a “isonomia” está bem distante do cenário esportivo.
“Um clube monta elenco forte, mas não paga FGTS e atrasa salários frequentemente. Outros cumprem suas obrigações religiosamente e levam a campo o time possível dentro de sua realidade financeira. Todos disputam as mesmas competições. Onde está a isonomia?”, inicia o texto.
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Além disso, Mauro Cezar também lembrou a atuação do Flamengo no rápido retorno do futebol brasileiro durante a pandemia no ano passado. Mas o jornalista não cita nomes.
“Em meio à pandemia, teve clube forçando para voltar a jogar e outros tentando se aproveitar do surto de COVID-19 no elenco do adversário para obter ganho esportivo. Isso mesmo. Isonomia?”, escreveu o jornalista.
Ao final, o jornalista afirma que é importante discutir o retorno do público aos estádios de futebol. No entanto, ele também reforça que, na teoria, todos deveriam contar com as mesmas possibilidades. Ainda mais, chama a atitude do Flamengo de “egoísta” e critica a CBF por não se apresentar para resolver a questão.
“E tudo isso ocorre diante da CBF. Ela nada faz contra o desequilíbrio que manda para longe critérios isonômicos. Ao contrário, estimula as diferenças técnicas com a não paralisação das competições quando as seleções jogam e não colocando o fair play financeiro em prática. Isonomia? No futebol brasileiro? Deixem de hipocrisia”, conclui o Mauro Cezar Pereira.
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