Jornalista analisa mudanças no Flamengo com a chegada de Renato Gaúcho

Segundo Mauro Cezar Pereira, é muito raso falar apenas sobre o diálogo entre Renato Gaúcho e os jogadores do Flamengo

Jornalista analisa mudanças no Flamengo com a chegada de Renato Gaúcho.
Renato Gaúcho comemorando gol com jogadores do Flamengo, em partida pelo Campeonato Brasileiro. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo.

Renato Gaúcho, ao chegar ao Flamengo, contou que estava prestes a realizar o sonho de treinar a equipe. Agora, ele está vivendo esse sonho da melhor maneira possível. Isso porque o treinador já disputou 6 partidas à frente do rubro-negro e ganhou as 6. Dentro desse conjunto, estão as classificações para as quartas de final da Libertadores e da Copa do Brasil e as vitórias com autoridade contra adversários como Bahia, São Paulo e Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro.

Por conta das mudanças tão rápidas na forma de jogar e no próprio comportamento dos jogadores dentro de campo, muito se aponta sobre o “resgate da confiança desses jogadores”, a “alegria do time do Flamengo”, entre outros, ao se falar sobre o atual trabalho de Renato Gaúcho. No entanto, para Mauro Cezar Pereira esse tipo de análise é “rasa”.

“Boa parte das análises sobre o que acontece com o Renato e essa mudança de comportamento do Flamengo, algumas são muito rasas, porque se limitam a isso: ‘ele fala a linguagem do jogador’, ‘o time está mais feliz’. Não, tem o trabalho dele ali”, disse Mauro no programa ‘Posse de Bola’, site UOL, nesta segunda-feira.

Além disso, o jornalista opina que esse tipo de análise pode até “desvalorizar” o trabalho do Renato Gaúcho. Com isso, Mauro Cezar comenta sobre algumas mudanças que o treinador fez na equipe do Flamengo.

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Mudanças no Flamengo com Renato Gaúcho

Primeiramente, Mauro Cezar Pereira comenta sobre a nova função tática do Gabigol no Flamengo de Renato Gaúcho. De acordo com o jornalista, o artilheiro do rubro-negro se movimenta muito mais, ou seja, “sai mais da área”. Dessa forma, ele aponta que o Gabigol conseguiu dar dois ótimos passes para o Bruno Henrique durante a vitória por 3 a 1 sobre o Corinthians. Um desses passes gerou um chute do camisa 27 no travessão e o outro foi um gol de cabeça.

“O Gabigol agora sai, trabalha mais do que antes. Com o Dome, Rogério e Jesus, ele saia da área. Mas ele está saindo mais ainda. Ele praticamente faz o papel do Bruno Henrique pelo lado direito”, complementou Mauro. Apesar disso, ele reforça que Gabigol e Bruno Henrique não desempenham exatamente a mesma função. Por exemplo, o camisa 9 da Gávea não faz o chamado “corredor” pelo lado direito como o BH faz pelo lado esquerdo.

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Outro ponto de destaque é o retorno de Willian Arão ao meio de campo. Segundo Mauro, esse retorno é “reflexo da saída do Gerson”. Além disso, o jornalista ressalta a importância do treinador contar com o elenco completo. Isso não aconteceu na reta final da passagem de Rogério Ceni pelo Mais Querido.

“O Flamengo jogou durante muito tempo sem esses jogadores todos. Isso tem um impacto muito grande. Até o Diego se machucou na reta final da passagem do Ceni. Ele [Renato] tem todos os jogadores. Isso faz uma diferença brutal.”

Assim, Mauro Cezar Pereira resume: “Ele [Renato] fez ajustes finos na equipe. Não tem uma mudança brusca, radical. Então ele herdou, na minha opinião, um time que tinha um padrão de jogo, vivia uma crise técnica, sofria com muitas críticas, que eram feitas, como são até hoje, ignorando os desfalques.”

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