Há um ano, em 17 de julho, chegava ao fim uma parceria marcante entre Jorge Jesus e o Flamengo. Mesmo que o clube tenha passado por diferentes situações após aquela data, a presença de Jesus na Gávea ainda é muito forte. Constantemente, ele aparece nos noticiários e, até mesmo, em comentários por parte da torcida. Isso, porque o português ainda é uma referência no que diz respeito à conquista de títulos e estilo de jogo.
Após sua saída, outros 3 técnicos passaram pelo comando da equipe rubro-negra. Foram esses: Domènec Torrent, Rogério Ceni e, atualmente, Renato Gaúcho. Mas nenhum teve uma passagem tão marcante quanto a de Jesus, embora o Flamengo tenha continuado na trilha dos títulos.
Siga o Diário do Fla no Twitter
Jorge Jesus pós-Flamengo
Entretanto, o caminho de Jorge Jesus depois de deixar o Flamengo também não foi tão fácil. Ele chegou ao Benfica em agosto de 2020, mas sem a unanimidade por parte da diretoria do clube e da torcida.
Apesar de contar com alguns reforços na equipe, o Benfica não conquistou títulos ao longo da última temporada. Inicialmente, sofreu uma eliminação precoce na Liga dos Campeões, num partida contra o time grego PAOK. Coincidentemente, Abel Ferreira (atual Palmeiras) era quem comandava o PAOK naquela época.
Além disso, Jorge Jesus também fez com que o Benfica terminasse o Campeonato Português em terceiro lugar. Ou seja, 9 pontos atrás do Sporting, que foi o campeão.
Siga o Diário do Fla no Instagram
A Era Jorge Jesus em números
O site GE, através do Espião Estatístico, fez um levantamento dos números do Flamengo durante a Era Jorge Jesus e no período após a saída do português.
Jesus realizou a sua primeira partida no dia 10 de julho de 2019. O jogo em questão foi contra o Athlético-PR, na Arena da Baixada, válido pelas quartas de final da Copa do Brasil. Meses depois, Jesus se despedia do clube carioca após a conquista do Estadual sobre o Fluminense em 15 de julho de 2020.
Dessa forma, foram 58 jogos sob o comando de Jorge Jesus, 44 vitórias, 10 empates e 4 derrotas (81,6% de aproveitamento). O treinador, marcante por seu estilo de jogo ofensivo e suas reações à beira do gramado, conquistou um número de títulos maior do que o número de derrotas. Foram 6 taças ao todo: Campeonato Brasileiro 2019, Copa Libertadores 2019, Supercopa do Brasil 2020, Recopa Sul-Americana 2020, a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca 2020.
Conforme citado no parágrafo anterior, era um Flamengo muito ofensivo. Além disso, o ataque do time era bastante eficiente. Foram 132 gols marcados, que correspondem a uma média de 2,28 por jogo. Para isso, é necessário relembrar algumas goleadas que a equipe rubro-negra realizou naquele período: 6×1 no San José, 5×0 contra o Grêmio (ambos pela Libertadores), e os dois 6×1 no Maracanã, diante do Goiás e do Avaí, pelo Campeonato Brasileiro.
Ainda mais, Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta foram os artilheiros durante a Era Jorge Jesus. O primeiro marcou 40 gols, enquanto que os outros dois fizeram 30 e 16 gols respectivamente.
De acordo com o levantamento, Diego Alves e Willian Arão foram os atletas com o maior número de jogos (53 cada). Na sequência, ficaram Gerson e Everton Ribeiro (51 partidas).
Curta o Diário do Fla no Facebook
O Flamengo após Jesus
O GE também disponibilizou um levantamento de dados do período pós Era Jorge Jesus. A análise, do período de 16 de julho de 2020 a 16 de julho de 2021, contou com a participação dos técnicos Domènec Torrent, Rogério Ceni, Maurício Souza (como interino) e Renato Gaúcho (com apenas uma partida).
Assim, foram 82 jogos ao todo, com 47 vitórias, 17 empates e 18 derrotas. Com isso, o Flamengo teve um aproveitamento de 64,2%.
Além disso, o ataque continuou eficiente (150 gols marcados) com uma média de 1,83 por jogo. No entanto, o sistema defensivo passou a sofrer cada vez mais. A equipe rubro-negra acumulou 97 gols sofridos nesse período de avaliação, ou seja, uma média de 1,18 por jogo.
Sobre os jogadores de destaque, aparecem na lista Willian Arão, Vitinho e Bruno Henrique como aqueles que tiveram o maior número de atuações pela equipe: 65, 64 e 63 jogos respectivamente.
Gabigol continuou sendo o artilheiro com 31 gols marcados, mas o Top 3 fechou com Pedro (27 gols) e Bruno Henrique (19).