Funcionários do Flamengo cobram maior remuneração

Recentemente, dois trabalhadores trocaram o Mais Querido por um time da Segunda Divisão Portuguesa

(Foto: Reprodução)

O Flamengo não passa por bom momento. Com apenas uma vitória nos últimos seis jogos, o técnico Renato Gaúcho está muito pressionado. Mas, a pressão não é apenas em cima do treinador. O Departamento Médico vem sendo muito criticado pela torcida. Entretanto, os próprios funcionários do clube estão cobrando da diretoria um aumento na remuneração, o que ficou evidente com a saída do nutricionista Douglas Oliveira na última quarta-feira (03/11), segundo informou o site “Globoesporte.com”.

De acordo com a matéria, os trabalhadores chegaram a fazer um comparativo com os salários das mesmas áreas dos demais times da série A e B. No levantamento, perceberam que mesmo estando em um clube de faturamento bilionário, recebem bem menos que os funcionários das equipes de primeiro escalão nacional. Na reportagem, um profissional chegou a afirmar: ‘Com todo o respeito, não faz sentido Botafogo e Ceará pagarem mais que o Flamengo’.

Os funcionários do Flamengo raramente recebem salários acima de R$ 10 mil. Até 2020, entretanto, segundo a matéria, os profissionais não estavam tão incomodados com a  remuneração, pois eram recompensados através dos famosos “bichos”. Durante o Brasileirão de 2019, por exemplo, os prêmios eram de R$ 1.000 a R$ 1.200 por cada rodada no G-4. Tais premiações muitas vezes duplicavam ou até triplicavam o valor na carteira. Porém, a situação piorou após a polêmica no pagamento da premiação do Mundial de Clubes de 2019, em que a diretoria inicialmente afirmou que só pagaria os atletas, mas depois voltou atrás.

Mas, após o Mundial, a política no clube mudou. Os pagamentos por vitórias e títulos passaram a ser proporcionais aos salários de cada funcionário. A alteração fez com que o clube passasse por situações até constrangedoras, como o pagamento de apenas R$ 9 (nove reais) por vitória na campanha do octacampeonato Brasileiro, para os que tinham remuneração mais baixa. Já atualmente, o bicho não é mais por vitória, sim pré-estabelecido por título e vice-campeonato, e apenas para quem está lotado no departamento de futebol – também pago de forma proporcional ao salário.

Tais mudanças geraram uma insatisfação entre os funcionários. Com isso, recentemente, o nutricionista Douglas Oliveira e o fisiologista Lucas Albuquerque deixaram o clube para ir ao Vilafranquense, que atua na Segunda Divisão do Campeonato Português. Vale destacar que no segundo semestre de 2020 o Flamengo fez o aumento prometido nos salários dos profissionais do Departamento de Futebol. Entretanto, os valores foram abaixo do que esperavam.