Fim do sonho! Bárbara pega pênalti mas Brasil cai para o Canadá nas quartas de final do futebol feminino em Tóquio

Brasil perde nas penalidades por 4 a 3 e dá adeus aos Jogos Olímpicos

O Brasil está eliminado do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Depois de um jogo muito equilibrado nos 90 minutos e na prorrogação que terminou 0 a 0, a seleção brasileira perdeu a disputa de pênaltis por 4 a 3 para o Canadá e dá adeus mais uma vez ao sonho do inédito ouro olímpico. A goleira Bárbara conseguiu defender um pênalti da atacante canadense Sinclair. Entretanto a arqueira canadense Labbé defendeu as batidas das brasileiras Andressa Alves e Rafaelle. Marta, Debinha e Érika marcaram para o Brasil.

A seleção do Canadá iniciou o jogo adiantando a marcação sobre a seleção brasileira, o que tirou a equipe da zona de conforto, forçando a goleira Bárbara a fazer algumas ligações diretas nos minutos iniciais do duelo. O Brasil aos poucos foi tentando sair da armadilha imposta pelas canadenses e até conseguiu. Até a metade do primeiro tempo o jogo transcorreu sem grandes oportunidades para as duas seleções e as goleiras eram meras espectadoras. Aos 33 o Brasil conseguiu levar perigo ao Canadá. Formiga deu ótimo passe na área para Duda, que recebeu o corte de Chapman. A árbitra Stephanie Frappart marcou pênalti, mas o lance foi anulado por impedimento. O VAR confirmou posição legal de Duda, e a árbitra foi rever o lance no monitor, mas concluiu que não houve a penalidade. As meninas do Brasil terminaram o jogo melhor que as canadenses. Aos 39 veio o grande momento da seleção brasileira no jogo. A zagueira Gilles se atrapalhou e perdeu para Debinha, que entroi na área mas demorou a concluir, permitindo a aproximação da goleira Labbé, que conseguiu abafar o chute.

O time do Canadá usou a mesma estratégia do primeiro, no segundo tempo. Adiantou a marcação e deixou o Brasil com muitas dificuldades no setor de criação. Antes dos 10 minutos o país da América do Norte já era mais perigoso que a seleção brasileira em suas ações ofensivas. Aos 13 minutos a melhor chance canadense no jogo. Após falta cobrada da esquerda, Gilles subiu mais que Bruna Benites e cabeceou no travessão brasileiro. A partir da metade do segundo tempo o Brasil tentou chegar mais ao ataque, mas esbarrava na eficiente marcação canadense. Ao fim dos 90 minutos 0 a 0 no placar.

Naturalmente o cansaço interferiu nas ações das duas equipes durante a prorrogação. Ambas seleções usaram da cautela no tempo extra, receosas de levarem um gol e comprometer a classificação. As finalizações durante o período eram praticamente todas feitas de longe e defensivamente os dois times eram conservadores, uma vez que um erro poderia ser fatal. O Brasil teve uma oportunidade aos oito minutos. Tamires lançou Ludmila, que ganhou na velocidade da defesa canadense, mas acabou trombando com a goleira Labbé. O Brasil chegou a fazer pressão ao fim da prorrogação mas parou na goleira Labbé, uma das melhores em campo.