Fala, Arquibancada: ‘Renato libertou a alma de torcedores descrentes’

'Se concordamos que o Clube de Regatas do Flamengo é uma religião, o melhor é saber que agora temos um regente de verdade'

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Você já conheceu alguém que há tempos busque a cura de uma doença crônica? Alguém que não se recuperou da perda de uma pessoa importante e após anos de sofrimento, atinge o desespero evoluindo o quadro de enfermidade? Nesse ínterim, a esperança e a força de vontade se perdem e a pessoa desacredita de si mesma. Quando intensificado pela falta de um caminho a seguir, ou de uma Nação para confiar, torna-se um impeditivo para que homens de pouca fé tenham uma vida satisfatória, causando prejuízos emocionais e dificuldades. É preciso se libertar da origem deles. É preciso acreditar. E se tem alguém que sonha alto, é o tal do Renato.

As preleções de libertação do Renato se baseiam em ensinamentos técnicos, experiência na noite carioca, desenvoltura nas entrevistas, vídeo aulas em DVD, teorias da boleiragem, além da prática do futevôlei, e altas doses de confiança, estimulando os atletas para que perseverem, recuperem a sua autoestima e sejam determinados na conquista de uma vida cheia de paz interior, sucesso profissional e o que todos nós buscamos, a glória eterna.

Duvidaste do Isla? Renato o transformou em três jogos.
Duvidaste do Gustavo Henrique? Renato prontamente o recuperou.
Duvidaste do Michael e do Vitinho? Renato os ressuscitou.
Ainda duvida do Léo Pereira? Pois, Renato o libertará.

Mais que nossos atletas, ele também libertou a alma de torcedores descrentes, nos uniu, conciliou os que negavam sua capacidade, perdoou quem não o considerava ídolo, ensinou que uma vitória numa partida mal jogada faz parte de um processo de transformação e testou a fé rubro-negra em sua gestão, deixando Pedro e Muniz no banco durante 90 minutos e, pasmem, voltou pra casa sem ser apedrejado.

Somos 40 milhões de fiéis, devotos de um manto, adoradores de cânticos, todos aguardando aquela maravilhosa procissão ao nosso santuário, que ainda segue fechado, mas isso não diminui nossa fé, como dizem, quando o amor é genuíno e incondicional, a distância só reforça a saudade. E, se concordamos que o Clube de Regatas do Flamengo é uma religião, o melhor é saber que agora temos um regente de verdade.

  • Por Vinícius Cardim, torcedor apaixonado pelo Flamengo e frequentador da arquibancada desde 1987. A opinião é exclusiva do torcedor. Interessados em produção de textos podem enviar para avaliação pelo e-mail redacao@diariodofla.com.br