Entenda a crise interna do Flamengo

Divisão de grupos, falta de diálogo e pouca mobilização para encontrar um caminho incomoda pessoas no clube

(Foto: Marcelo Cortes)

O Flamengo vive sua maior invencibilidade na temporada de 2023, com seis jogos, mas, ao mesmo tempo, se depara com turbulência nos bastidores. As notícias de divisão de grupos, apatia dentro de campo e a falta de diálogo para encontrar o caminho correto, incomodam pessoas dentro do clube.

Com um jogo que pode mudar os rumos da equipe, as lideranças do time não dialogam no mesmo caminho, especialmente David Luiz e Gabigol. O zagueiro tem o hábito de auxiliar bastante os companheiros, inclusive dando suporte com treinamentos fora do clube. Victor Hugo concedeu entrevista recente, para a FlaTV, e disse que o defensor é o que mais lhe ajuda no Flamengo. Rodinei e Pedro também foram auxiliados de perto pelo veterano no ano passado.
Gabigol consegue transitar bem nos diferentes grupos da equipe. Apesar das notícias de falta de diálogo com David Luiz, o atacante tem bom relacionamento com Rodrigo Caio, Everton Ribeiro, Filipe Luís e Matheuzinho.
Outro fator que incomoda são algumas medidas do treinador Jorge Sampaoli. Ele só concedeu a primeira folga ao elenco no 29º dia dele no clube. A insistência nas críticas ao aspecto físico e a obrigatoriedade de ir direto do aeroporto para o Ninho do Urubu na madrugada depois do empate por 1 a 1 com o Racing, deixaram os jogadores incomodados.
Além disso, a pouca movimentação interna é um fator preocupante. O clube tem Bruno Spindel (Diretor de futebol), Fabinho (Gerente de Futebol), Juan (Gerente Técnico) e Carlos Noval (Gerente de Transição) e pouco se fala sobre ações para facilitar o diálogo.
Em meio ao ambiente conturbado, o Flamengo pode mudar todo esse clima na quinta-feira (1º de julho). O rubro-negro enfrenta o Fluminense, às 20h, no Maracanã, pelo segundo e decisivo jogo das oitavas de final da Copa do Brasil.