Confira a entrevista completa de Marcos Braz e Spindel

Dirigentes falaram com a imprensa depois da apresentação de Léo Ortiz

Confira a entrevista completa de Marcos Braz e Spindel
Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira, o Flamengo apresentou oficialmente o zagueiro Léo Ortiz. Depois da coletiva de apresentação do zagueiro, os dirigentes Marcos Braz e Bruno Spindel responderam perguntas dos jornalistas. Entre diversos assuntos, Braz comentou sobre a situação de Gabigol.

”Em relação à pergunta da renovação dele, posso afirmar, mais uma vez, que a situação será resolvida no momento adequado. Pode ser certeza que em breve isso será resolvido de uma forma ou de outra. De resto o Gabriel sempre teve uma boa relação com a comissão e com todos. Em momentos pontuais, após tanto tempo, é lógico que pode acontecer uma coisa ou outra. Mas é um atleta que sempre cumpre seu horário e não tem nenhum tipo de problema com o Gabriel aqui”, disse, antes de emendar sobre declaração polêmica de John Textor:

”Como vice de futebol, é dever meu falar sobre o assunto quando ele apresentar as provas. Depois que ele apresentar isso, a gente analisa. Enquanto não tem isso, deixa só o Textor falar. O Flamengo nunca ouviu falar desse assunto. Mas o Textor tem a responsabilidade dele. A situação está bem desconfortável para o Textor ou para a CBF. É um assunto gravíssimo. O Textor tem que provar, e a gente aguarda o que a CBF vai fazer. É um assunto que até agora não é do Flamengo. É do Textor. Vamos aguardar as provas. A posição do Flamengo é essa.”, complementou.

Veja outros trechos da coletiva:

Janela do Flamengo

”O Flamengo atendeu todos os pedidos do Tite. Não só nas posições. Mas pelos nomes dos atletas. De la Cruz, que era uma solicitação dele, e um sonho antigo do Flamengo. O Viña foi uma indicação dele que estava no nosso radar. O Ortiz não é novidade, a gente sempre consultou se havia possibilidade de contratar. O Bragantino nunca quis vender e a gente não tinha uma certeza se iríamos para dentro em outro momento. Mas foi diferente esse ano. Com a parada do grande jogador Rodrigo Caio, a gente fez de maneira mais incisiva e com aval do Tite”

Mais contratações

”O Flamengo ainda tem uma sobra bem pequena para fazer investimento. Lógico que quando a gente fala da sobra, bom, se for só a sobra a gente não consegue trazer um jogador da prateleira que a gente acha que seja interessante. A gente vai continuar trabalhando, a gente vai tentar usar esse tempo que temos para mapear o mercado e talvez trazer um outro jogador. Não é certo. É complexo até porque só pode ser os jogadores que estejam nos Estaduais. Enfim, a gente está trabalhando para isso aí. Se tiver um jogador que a gente se sinta confortável e dentro do orçamento não tem porque não fazer”

Maycon

”Dia 19 de fevereiro o Flamengo fez uma proposta para o Shakhtar e a proposta foi recusada. É difícil a gente fazer uma proposta, por um clube, que não tenha sido bem encaminhada com o empresário ou com o atleta. Não to mais na fase de menino e nem de amador. Se a gente fez a proposta é que as coisas andaram bem na outra ponta (com o jogador). O que aconteceu é que o Shakhtar negou a proposta do Flamengo. O Shakhtar negou a proposta. A gente por razões internas a gente entendeu que não deveria, ou que poderia fazer uma contraproposta. O tempo foi passado, a gente tinha a situação do prazo do dia 7 e o Flamengo não avançou, em função da demora em relação ao Ortiz, foi isso o que aconteceu. Mas não vou falar mais sobre o assunto”

Torcida única

”A minha posição pessoal, não dá para descolar de vice-presidente de futebol, é junto com a da Ferj, junto com o presidente Rubens, em que a gente entende que é possível fazer os jogos clássicos com duas torcidas. Eu acho que o problema de você fazer um jogo de futebol com uma ou duas torcidas é um problema de Estado, de segurança. Tem muitas pessoas envolvidas, não é só o clube que é responsável. Acho que enriquece a partida esportiva, seja ela qual for (ter duas torcidas). Você vê situações em jogos de basquete, jogos de vôlei, que sempre é importante ter duas torcidas. Colocar só uma torcida diminui muita coisa, mas não resolve problema nenhum. Você tem inúmeras situações em outros estados que têm só uma torcida, mas têm brigas a dois, três, até dez quilômetros do estádio. Eu vejo que essa posição da Federação do Rio é importante e apoio ela”

Solução para a Copa América

”Não tem muita coisa para se fazer. Eu não posso ter o dobro, o triplo de orçamento por causa de um erro que eu acho que vai na contramão do futebol mundial. Se você pegar as 30 nacionalidades mais importantes do mundo do futebol, o único campeonato que não para durante a data FIFA é o da CBF. Então os outros 39 países estão errados e o Brasil está certo? Não existe. É importante isso, se não me perguntasse com certeza eu a falar. O Flamengo vai ter nove jogos do Campeonato Brasileiro, são 27 pontos, que não terão 4 ou 5 titulares ou 6 jogadores à disposição. Por incrível que pareça a gente falava e falava, mas não vê esse assunto sendo reverberado na imprensa ou em outros lugares. Não é menos importante, mas é um assunto tão chato que eu acho que quando vocês (a imprensa) passa, as pessoas que veem vocês na televisão e acompanham as matérias também passam e não leem, não tem interesse. Porque é um assunto chato, mas não deixa de ser importante. E não tem o que fazer. A gente reclama, reclama, coloca no papel, mas a CBF acha que não tem problema, que está tudo tranquilo. E eu não vejo de coração as empresas de comunicação preocupadas com isso”

Discrepância do futebol masculino e feminino

”Eu não sou o vice-presidente do futebol feminino. Mas como vice de futebol do Flamengo, temos feito todas as contribuições possíveis para o engajamento do futebol feminino com o masculino, como na chegada da Cristiane. Tratamos com o maior respeito esse assunto. O Flamengo vem, dentro do possível, dentro de um esforço enorme, fazendo investimentos nessa área, no futebol feminino. Eu espero que esse orçamento seja aumentado sempre. E que tenha também o reflexo das empresas entenderem a importância do futebol feminino. E que coloquem mais dinheiro, mais estrutura, para que a gente possa, aí sim, diminuir esse abismo entre o futebol feminino e o masculino aqui no Brasil”