Chefe brasileiro de arbitragem da Conmebol sofre pressão por parte da Argentina

Imprensa argentina chegou a divulgar que Wilson Luiz Seneme pode ser demitido por pressão da equipe do Boca Juniors após eliminação na Libertadores

Chefe brasileiro de arbitragem da Conmebol sofre pressão por parte da Argentina.
Atlético-MG e Boca Juniors em partida pela Libertadores. Foto: Divulgação/Atlético-MG.

De acordo com o colunista do UOL, Marcel Rizzo, a comissão de arbitragem da Conmebol passa por um momento conturbado. O motivo? A pressão em cima do Chefe da Comissão, o brasileiro Wilson Luiz Seneme por parte da Argentina.

Em sua coluna, Marcel relembra que Wilson assumiu tal função em agosto de 2016, já na gestão do atual Presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez.

Marcel Rizzo aponta que a imprensa argentina chegou a divulgar que Wilson Luiz Seneme estaria prestes a ser demitido após pressão da equipe argentina do Boca Juniors. Recentemente, o clube sofreu uma eliminação nas oitavas de final da Libertadores, para o Atlético-MG.

Siga o Diário do Fla no Twitter

A partir disso, o colunista afirma que a demissão de Seneme pode até acontecer nos próximos dias. No entanto, não seria por conta do Boca Juniors. Segundo Marcel, a Argentina não tem mais tanta influência dentro da Conmebol como num passado recente.

Além disso, a fonte deixa claro que o Boca Juniors, especificamente, não tem uma relação muito próxima com o atual Presidente da Conmebol.

Com o clube de Buenos Aires fora da Libertadores, o único representante argentino na competição em 2021 passa a ser o seu maior rival nacional. Ou seja, o River Plate. Ainda mais, o Brasil já tem 4 representantes garantidos: Atlético-MG, São Paulo, Palmeiras e Flamengo. Mas é importante lembrar que há a possibilidade do Fluminense avançar para as quartas de final, caso elimine o Cerro Porteño (Paraguai), no dia 03 de agosto. Além desses, a próxima fase da competição também contará com Olímpia, próximo adversário do Flamengo, e Barcelona de Guayaquil (Equador).

A polêmica do VAR na Conmebol

Ainda segundo Marcel Rizzo, por mais que a pressão do Boca Juniors não tenha tanta força para mudar a comissão de arbitragem da Conmebol, ela pode “desprestigiar” o departamento.

Dessa forma, algumas polêmicas ao redor do VAR, especialmente nas oitavas de final da Libertadores, podem contribuir para esse desprestígio.

Siga o Diário do Fla no Instagram

O primeiro jogo entre o time argentino e o Galo contou com um incorreto uso do protocolo para o VAR. De acordo com o colunista, uma foto do momento da checagem de um gol do Boca no Mineirão viralizou e contribuiu para o afastamento por tempo indeterminado do árbitro colombiano Andrés Rojas e do paraguaio Derlis López, que estava na cabine do VAR. Essa foto mostrou que jogadores de ambos os times estavam observando as imagens no aparelho por trás do árbitro.

Ainda mais, outro erro marcante aconteceu na primeira partida entre Fluminense e Cerro Porteño. Em Assunção, a cabine do VAR, chefiada pelo chileno César Deischler, não fez a análise correta de uma jogada, que levou ao gol do Cerro. No caso, houve a discussão de uma posição de impedimento durante o ataque da equipe paraguaia. Porém, César e os demais profissionais não perceberam a presença de um jogador do Fluminense, que dava condição ao ataque. Assim, o gol foi anulado incorretamente.

Enfim, Marcel Rizzo afirma que a pressão sobre Wilson Luiz Seneme pode se manter até o início de agosto. Isso porque o jogo entre Fluminense e Cerro Porteño, o único restante das oitavas de final, acontecerá nesse período.

Curta o Diário do Fla no Facebook