Análise Tática Inter x Flamengo: Para manter o embalo da torcida

Equipes se enfrentam neste sábado, às 21h30, no Beira-Rio, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro

(Foto: Reprodução/Alexandre Vidal/Flamengo)

Flamengo e Internacional se enfrentam neste sábado (20/11), no Beira-Rio, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido parece ter deixado o mau momento para trás. A equipe vem de três vitórias consecutivas, sendo oito gols marcados e nenhum sofrido no período. Além disso, a equipe está embalada pela torcida, que deu show no Maracanã contra o Corinthians e fez a festa ao acompanhar o ônibus rubro-negro do Ninho do Urubu e foi até o aeroporto na última sexta-feira (19/11). Praticamente sem chances no Brasileirão, o jogo contra o colorado será importante para manter a boa fase do time carioca e fazer ajustes, visando a final da Libertadores.

Faltando uma semana para a grande decisão, a partida contra o Inter deve ser a última que jogadores considerados titulares vão atuar até o jogo contra o Palmeiras, já que contra o Grêmio o Mais Querido deve entrar com o time todo reserva. Ainda assim, para o confronto contra o colorado, o Flamengo deve ter os desfalques de Arrascaeta e Pedro. Não se sabe ao exato se Renato Gaúcho irá poupar algum jogador, mas o treinador terá à disposição a volta de Diego Alves, Isla, Rodrigo Caio, Willian Arão, Everton Ribeiro e Gabigol. Assim, o treinador pode montar a equipe praticamente ideal, apenas sem o uruguaio.

Dessa forma, caso o técnico opte por botar a força máxima disponível, deve escalar a equipe em um 4-2-2-2, com: Diego Alves; Isla, Rodrigo Caio, David Luiz e Filipe Luís; Willian Arão e Andreas Pereira; Everton Ribeiro e Michael; Bruno Henrique e Gabigol. Nessa formação, Arão tem a função de recuar entre os zagueiros para auxiliar na saída de bola, dando liberdade para os laterais avançarem. O chileno explora bastante o corredor, já que ER7, que atua aberto na direita, tem a tendência de cortar para o meio, deixando um espaço pelo lado para Isla ir ao fundo. Filipe Luís, por sua vez, não tem o mesmo buraco, já que Michael faz o setor esquerdo, com BH auxiliando. Assim, FL constrói mais pelo meio.

Andreas Pereira, por sua vez, tem a importante função de fazer a transição da defesa para o ataque. Como 2º volante, ele busca a bola no meio e constrói de frente e controla o ritmo do jogo, sendo o “motor” do time. O belga-brasileiro é fundamental, acelerando as jogadas com passes longos, viradas de jogo ou até conduzindo a bola. O jogador também aparece na frente como um elemento surpresa para finalizar de longa distância ou da entrada da área. Já na frente, Bruno Henrique e Gabigol formam a dupla de ataque, mais centralizados. BH tem a tendência de cair pela esquerda, enquanto Gabi na direita, abrindo espaço para o companheiro infiltrar e receber as enfiadas de bola ou cruzamentos.

Renato Gaúcho também tem a chance de usar o confronto como forma de testar outras possibilidades, já pensando na final da Libertadores. Uma alternativa que pode usar ao longo do jogo, sem precisar mudar o time titular, seria trocar a formação. Assim, a equipe sairia do 4-2-2-2 e ir para o 4-2-3-1, que o treinador costuma usar quando tem todos os jogadores à disposição. Normalmente, Arrascaeta faz a função de meia-armador, centralizado, enquanto Everton Ribeiro atua na direita e Bruno Henrique na esquerda, com Gabigol na frente. Sem o uruguaio, o técnico tem a chance de colocar a equipe com ER7 no centro e abrir Michael na direita, já pensando no time com a volta do camisa 14.

Isso porque, Renato já sabe bem como funciona o Flamengo completo e, com a volta de Arrascaeta, a tendência é que Michael vá para o banco. Mas, Micha vive grande fase. Ou seja, este confronto seria uma oportunidade de ver como o Mais Querido se sairia com o ponta atuando na vaga de ER7, o que pode ser uma alternativa importante contra o Palmeiras. Ao longo do confronto contra o Inter, o treinador pode botar algumas alternativas técnicas em campo, como João Gomes novamente de 2º volante, já que ele foi tão bem contra o Corinthians.

A partida, então, será bem importante para o time manter a boa fase e Renato fazer testes na equipe, já pensando na final da Libertadores. A equipe precisa mostrar que o que fez contra São Paulo e Corinthians não foi por acaso e novamente atuar com intensidade, marcando pressão no setor ofensivo, assim que perder a bola, sem deixar o adversário respirar. O treinador deve usar o confronto para continuar ajustando a bola parada defensiva, já que mudou o estilo de marcação, saindo da individual para a mista. Caso o time jogue dessa forma, troque passes rápidos e se movimente bastante, tem tudo para sair com mais uma vitória.