Flamengo e Athletico se enfrentam neste domingo (03/10), às 16h, no Maracanã, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido entra em campo precisando da vitória para continuar vivo na disputa do título da competição, já que não venceu os últimos dois confrontos do Brasileirão. O time não terá quatro jogadores à disposição, mas encara os reservas da equipe paranaense. Assim, o rubro-negro tem todas as condições de sair com a vitória.
Renato Gaúcho não terá à disposição David Luiz, Matheuzinho, Diego e Thiago Maia. Ainda assim, dos quatro, apenas o zagueiro é um jogador considerado titular. Ou seja, o treinador vai botar praticamente o time principal na partida. Então, o Flamengo deve entrar em campo no 4-2-3-1, com: Diego Alves; Isla; Gustavo Henrique e Rodrigo Caio; Filipe Luís; Arão e Andreas Pereira; Everton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique; Gabigol.
Além de ser um time muito forte tecnicamente, a equipe tem questões táticas bem interessantes. Com a bola, Willian Arão costuma recuar entre os zagueiros, para auxiliar na saída. Assim, o segundo volante, no caso Andreas Pereira, tem uma função importantíssima de fazer a ligação da defesa para o ataque e girar a bola. O jogador também precisa ser muito intenso na marcação, com combates individuais, para cobrir o espaço no meio na defesa, algo que Diego não estava conseguindo fazer tão bem e que o próprio Andreas mostrou dificuldades no começo, só que melhorou nos últimos jogos.
Na frente, Everton Ribeiro atua aberto pela direita, mas sempre caindo por dentro, centralizando as jogadas e abrindo o corredor para Isla. O lateral chileno avança constantemente para a linha de fundo com velocidade, para receber o passe em profundidade do camisa 7 ou de outros jogadores. Arrascaeta, por exemplo, passou a atuar centralizado desde a chegada de Renato Gaúcho, como um “camisa 10”. O uruguaio, então, se movimenta por todo o campo de ataque, caindo pelos dois lados e atuando centralizado. Ele também tem a função de acionar o lateral no corredor e os atacantes.
Gabigol tem um papel fundamental na frente, sempre se movimentando para encontrar espaço e receber um passe de profundidade. E não é apenas fazendo gol que o centroavante é importante. O camisa 9 busca muito o jogando, abrindo pelo lado direito, para auxiliar Isla e Everton Ribeiro na triangulação. Assim, o atacante vira uma ótima opção fora da área também, tendo como característica o corte para o meio e lançando Bruno Henrique na infiltração na área.
O ponta é uma arma importantíssima infiltrando, para receber os passes de Gabigol, Everton Ribeiro e Arrascaeta, mas também é um “escape” pelo lado do campo. Bruno Henrique costuma avançar com muita velocidade e perigo pela esquerda, principalmente quando Filipe Luís atua. Isso porque, o experiente lateral constrói por dentro e com muita qualidade, dando auxílio ao BH, que abre no corredor. Filipe costuma dar bons passes, acionando o atacante.
O Flamengo terá um time muito forte. Na defesa, é preciso tomar cuidado com algumas peças do Athletico, principalmente da infiltração de Léo Cittadini, o centroavante – seja Renato Kayzer ou Bissoli – e, principalmente, Pedro Rocha. O ponta, que é ex-jogador do Mais Querido, tem muita qualidade, mas teve uma passagem apagada no rubro-negro, devido a problemas físicos. Ele recuperou a boa forma na equipe paranaense e marcou quatro gols nos últimos três jogos. É preciso ter atenção no atacante, que costuma atacar com muita velocidade o corredor.
O Mais Querido, então, tem tudo para ter uma grande atuação. O time que vai a campo é muito forte tecnicamente, bem superior ao adversário, inclusive. Mas, para vencer, é preciso entrar focado, sem achar que está ganho. O rubro-negro precisa ter intensidade, atenção na defesa, trocar passes rápidos, rodar a bola, se movimentar na frente e aproveitar as oportunidades. Caso faça isso, o Flamengo terá todas as condições de sair com mais uma vitória.