O Flamengo goleou o Nova Iguaçu neste domingo (13/02), no Raulino de Oliveira, pela 6ª rodada do Campeonato Carioca. Esta foi a quarta partida de Paulo Sousa no comando do rubro-negro e, disparada, a de melhor desempenho. Não apenas pelo resultado. Time está cada vez mais com a cara do treinador e mostrou uma disciplina tática impressionante. Mesmo com muitas mudanças ao longo do jogo, inclusive de jogadores de posição de ofício distintas, a equipe em nenhum momento se desorganizou e nem saiu da estrutura.
O Mais Querido entrou em campo novamente com uma escalação inédita. A formação, entretanto, foi a mesma das partidas anteriores. Com a bola, o rubro-negro jogou em um 3-4-2-1. Dessa vez, a opção de Paulo Sousa foi por três zagueiros de ofício na primeira linha. Assim, o estreante Fabrício Bruno ficou pela direita, Gustavo Henrique, que vinha atuando pela direita, jogou como central, e Léo Pereira, que fez alguns jogos por dentro, ficou na esquerda.
Na segunda linha, Rodinei fez a ala-direita, Arão e João Gomes ficaram como volantes por dentro e Everton Ribeiro novamente de ala-esquerdo. Mais na frente, Marinho jogou por dentro, mais pela direita, enquanto Arrascaeta fez o mesmo, mas pela esquerda. Já Gabigol foi o jogador mais avançado, como referência e tendo liberdade para se movimentar pelo campo, principalmente caindo pela esquerda.
O Mais Querido começou bem o jogo. Com as linhas altas, o time ficou no campo de ataque do Nova Iguaçu, rodando a bola. O primeiro gol foi logo aos 3 minutos. Após batida de escanteio, a zaga afastou, mas ficou com o Flamengo. Arrascaeta recebeu pela direita, na intermediária, e fez um cruzamento espetacular em arco para Gustavo Henrique, que abriu o placar de cabeça.
O rubro-negro permaneceu em cima do adversário, rodando a bola de um lado para atrair a marcação e virando para o outro. Em uma jogada, Everton Ribeiro acionou Marinho, que deu para Gabigol chutar para fora. Depois, após belo lançamento de Gustavo Henrique, Rodinei recebeu na direita, driblou a marcação e passou para Marinho finalizar, só que em cima da marcação.
O segundo gol do Flamengo foi aos 37, em linda cobrança de falta de Arrascaeta. O Mais Querido quase fez o terceiro aos 43. Rodinei avançou pela direita e foi derrubado. Apesar da falta, Gabigol pegou a bola, levou vantagem, e fez um lindo cruzamento para Everton Ribeiro na segunda trave, completamente livre, que acabou cabeceando para fora.
Segundo tempo
O Flamengo voltou para a segunda etapa com a mesma equipe da primeira. O ritmo, entretanto, estava baixo e Hugo Sousa, inclusive, fez algumas boas defesas. Então, aos 15, Paulo Sousa fez três mudanças de uma vez. O treinador botou Filipe Luís, Diego e Vitinho, nas vagas de Gustavo Henrique, João Gomes e Marinho. Apesar de tirar um zagueiro e colocar um lateral, o esquema continuou o mesmo.
Isso porque, Filipe Luís atuou na primeira linha, como um zagueiro pela esquerda. Diego e Vitinho entraram nas mesmas posições que João Gomes e Marinho faziam. Um detalhe interessante era a troca constante de posição entre Arrascaeta e Marinho, que continuou com Vitinho. Ambos inverteram de lado em vários momentos. E foi justamente assim que saiu o terceiro gol. Arrasca caiu pela direita e recebeu passe de Vitinho. O uruguaio cruzou, a bola bateu na mão do zagueiro e o juiz deu o pênalti, que Gabigol converteu.
Depois do gol, o Flamengo se soltou de vez na segunda etapa. Foi também pela direita que Arrascaeta recebeu belo passe de Arão, dentro da área e cruzou na direção de Gabigol, mas muito alto, passando perto de ser o segundo do Mais Querido. Então, aos 34, mais duas mudanças. Saíram Léo Pereira e Everton Ribeiro, para entrarem Pedro e Renê. Mesmo sendo jogadores de posições originalmente distintas, a estrutura no 3-4-2-1 permaneceu.
Com as substituições, Arão recuou e ficou na primeira linha, centralizado, entre Fabricio Bruno e Filipe Luís. Já na segunda, Rodinei fez a ala-direita, com Renê na esquerda. Por dentro, os volantes passaram a ser Diego e Arrascaeta, que ficou mais atrás. Na frente, Vitinho inverteu para esquerda e Gabigol saiu da referência para ficar na direita, por dentro. Já Pedro ficou como o centroavante. Deu muito certo.
Apenas cinco minutos depois, o Flamengo roubou bola pela esquerda, Renê conduziu e passou para Gabigol, que estava por dentro, mais para esquerda, fora da área. O camisa 9 deu um belo passe de primeira para a infiltração de Pedro, que dominou e finalizou na saída do goleiro, ampliando. O Mais Querido continuou em cima, trocando passes, e, aos 43, fez o quinto.
Na jogada, o time rubro-negro rodou bastante a bola. Vitinho caiu pela direita, recebeu a posse, deu belo drible para dentro e um ótimo passe de trivela para Pedro, na entrada da área, pela esquerda. O centroavante dominou, viu a infiltração de Renê e deu bonito passe para o lateral, que cruzou. Diego arrumou e deu um lindo chute, fazendo um verdadeiro golaço coletivo e decretando a goleada.
A partida, então, foi muito boa do Flamengo e com uma disciplina tática impressionante. Paulo Sousa está conseguindo implementar a filosofia de jogo e o time está conseguindo ganhar uma cara. O treinador começou o jogo com 3 zagueiros, 1 lateral e 1 centroavante de ofício e terminou com apenas 1 zagueiro, 3 laterais e 2 centroavantes. Ainda assim, em nenhum momento o time se desorganizou taticamente, mantendo a mesma formação o jogo inteiro.