Flamengo e Bragantino se enfrentaram neste sábado (19/06), no Maracanã, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido saiu atrás, chegou a fazer 2 a 1, mas perdeu por 3 a 2, com gol no último lance. Foi uma derrota doída. Ainda assim, mesmo com o placar, há bons pontos positivos para destacar na equipe e alguns detalhes que precisam melhorar.
O time entrou em campo em uma espécie de 3-2-3-2 com a bola, com Arão, Rodrigo Caio e Filipe Luís na linha defensiva, Diego e Gerson de volantes, Matheuzinho na ala-direita, Vitinho centralizado e Michael na ponta-esquerda. Na frente, Bruno Henrique e Rodrigo Muniz formaram a dupla de ataque.
Assim, a equipe conseguiu ter uma boa atuação, apesar da derrota. O time foi superior praticamente a partida inteira. Teve 67% da posse, trocou 490 passes certos, com 87% de aproveitamento, deu 20 finalizações, sendo 9 a gol, balançou as redes duas vezes, perdeu duas chances incríveis e ainda parou em três defesas espetaculares de Cleiton.
Então, se a partida foi tão boa, como que o time saiu com a derrota? Para começar, a superioridade foi muito graças à parte tática e coletiva da equipe. Mas, individualmente, praticamente todos os jogadores do meio para frente foram abaixo do que vinham atuando – tirando Matheuzinho e, claro, Rodrigo Muniz. Diego e Gerson caíram bastante no segundo tempo, Vitinho não acertou os passes e chutes que vinha fazendo e Bruno Henrique esteve irreconhecível.
Neste ponto, os desfalques da Copa América pesaram bastante pela primeira vez. Isso porque, Rogério Ceni não tinha muitas opções ofensivas confiáveis, já que Gabigol, Arrascaeta e Everton Ribeiro, além de Pedro – que está se recuperando fisicamente após ter contraído Covid-19 em um amistoso da Seleção Olímpica – estavam fora. Até poderia ter botado João Gomes e Hugo Moura para dar uma energia no meio, mas, de fato, em termos de peças ofensivas, o treinador estava com poucas.
Além disso, futebol é detalhe. Agora, a torcida do Flamengo está triste, lamentando a derrota. Mas, se o lance dos 45 minutos da segunda etapa – em que Arão desviou o escanteio cobrado por Vitinho e Bruno Henrique, na pequena área, mandou por cima – tivesse entrado, o Mais Querido teria ganho por 3 a 2 e estariam todos vibrando.
Porém, um ponto negativo foi a defesa. Time vinha de 5 jogos sem sofrer gols, mas sofreu 3 de uma vez. O primeiro não dá para botar na conta do Flamengo. O jogador cruzou baixo, para trás, e Aderlan acertou uma chaleira inacreditável, fazendo um verdadeiro golaço – que o próprio atleta afirmou ter sido sem querer. Os outros dois, por sua vez, começaram em lances que o Mais Querido teve a posse no campo de ataque, perdeu de maneira boba e – o grande erro – não soube parar o contra-ataque no começo.
Os dois lances deveriam ter sido cortados no início da jogada, o que não aconteceu. No segundo gol do Bragantino, ainda por cima, o time deixou o centroavante livre na área, que dominou e rolou para Artur bater. Teve mais uma vez a questão do azar para o Flamengo, já que a bola desviou em Gerson e ficou na medida para Ramires marcar. De qualquer forma, Mais Querido não poderia ter deixado as jogadas emplacarem.
Ainda assim, mesmo com a derrota, o Flamengo teve um bom jogo e tem muitos pontos positivos para levar em outras partidas. Vale destacar que o Bragantino é uma equipe bem forte e organizada, que não é simples de vencer. Resultado também foi fruto de atuações abaixo do padrão e uma pitada de sorte do adversário. Precisa ajustar logo a questão de matar os contra-ataques no princípio e os 3 pontos ficaram no caminho. Entretanto, pelas virtudes apresentadas, não é motivo para desespero.