O Flamengo entra em campo nesta quarta-feira (19/05), contra a LDU, em busca da classificação antecipada da Libertadores. O time precisa de pelo menos um empate para já garantir a vaga nessa rodada, sem contar com o resultado da partida do Vélez X Unión La Calera. O adversário não vive bom momento e tem algumas falhas que o rubro-negro pode explorar.
A LDU não é a equipe mais técnica, principalmente na defesa, e ainda está procurando o sistema de jogo ideal. O time perdeu as últimas 4 partidas, sofrendo 3 gols em todas elas. Atuando com 3 ou 2 zagueiros, a equipe costuma deixar espaços no meio. Além disso, um dos defensores normalmente avança para acompanhar o atacante, deixando um buraco atrás. Esse movimento foi explorado pelo Flamengo no primeiro confronto contra os equatorianos. Reparem no 1° gol como o zagueiro está adiantado, acompanhando o Gabigol, abrindo um buraco na defesa para a infiltração do próprio camisa 9, que recebe livre e marca.
Vale destacar que, no segundo tempo, o Flamengo não conseguiu mais fazer tanto esse tipo de jogada, muito por conta da altitude. A LDU, em busca de reverter o resultado, foi toda para cima, deixando ainda mais buracos na defesa. Porém, cansado, o rubro-negro mal conseguia manter a bola e aproveitar os contra-ataques. Tanto que o lance do pênalti do terceiro gol sai justamente quando o time carioca não deu o chutão para frente e fez a saída de bola tocando, desde a defesa. No Maracanã, não terá o problema da altitude. Então, se passar a bola rápido, atrair a marcação e infiltrar nesses espaços, o Mais Querido tem tudo para fazer muitos gols.
Um outro ponto importante é que, diferente da primeira partida, dessa vez o Flamengo terá Gerson à disposição. João Gomes até foi muito bem na altitude, na vaga do camisa 8, sendo um dos destaques do primeiro tempo e participando do segundo gol. Mas, com o “Coringa” de volta, Rogério Ceni ganha uma arma que pode fazer a diferença no jogo.
Como destacado, a LDU acaba deixando espaços no meio, falha que o Fluminense também comete. E, na partida contra o Fluminense, Rogério escalou o Gerson mais adiantado, não como um 2° volante como de costume, mas de “10”, na mesma linha que Everton Ribeiro e Arrascaeta, só que centralizado. Próximo da área e com espaço, ele é muito perigoso, seja para fazer o arremate ou dar o passe final. Inclusive, na própria Libertadores teve momentos nos jogos em que o “Coringa” se aproximou da área e foi decisivo, como contra o Vélez – em que deu uma assistência e um passe incrível para Everton Ribeiro perder uma chance inacreditável – e na goleada contra o Unión La Calera – em que começou a jogada do primeiro gol.
Esses momentos foram mais esporádicos na Libertadores, mas, contra o Fluminense, pelo primeiro jogo da final do Carioca, Gerson atuou na maior parte do tempo nessa função. Ou seja, se Rogério Ceni optar por fazer um esquema como o do Fla-Flu e já escalar o camisa 8 mais adiantado, para dar o passe em profundidade, explorando a infiltração dos outros jogadores, o Flamengo tem tudo para criar mais chances e ser muito letal contra a LDU.