Análise tática da LDU, adversária do Flamengo na Libertadores

Equipes se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h, no Maracanã

A LDU é a próxima adversária do Flamengo na Libertadores. Os dois entram em campo nesta quarta-feira (19/05), às 21h, pela 5ª rodada da competição. Mas, o time equatoriano vive um momento bem delicado. A equipe perdeu os últimos 4 jogos – sendo 2 na competição Continental e 2 no Campeonato Equatoriano -, sofrendo 3 gols em todos eles. Com isso, a torcida está pressionando, pedindo saída do técnico uruguaio Pablo Repetto.

Mas, vale destacar que não falta esforço do treinador. Ele está buscando um sistema que melhor adapte ao time. Contra o Flamengo em Quito, por exemplo, começou a partida com 3 zagueiros e 2 laterais, em uma espécie de 5-4-1, com 2 pontas de velocidade. Entretanto, o primeiro tempo foi muito ruim. A equipe cedeu muito espaço pelo meio e o rubro-negro soube manipular bem. Além disso, o zagueiro central da equipe equatoriana costuma avançar para tentar o bote e acaba deixando espaço atrás, que o Mais Querido infiltrou bastante.

Na segunda etapa, o técnico tirou um zagueiro e botou um atacante, saindo do esquema anterior para um 4-4-2. Além disso, ele deu muita liberdade para os laterais atacarem e adiantou bastante a equipe. Com isso, somado à altitude, os equatorianos pressionaram bastante o Flamengo e apostaram nas jogadas de lado de campo, com o lateral fazendo uma dobradinha com o ponta.

Consequentemente, muitas foram bolas jogadas na área. Ao todo, a LDU terminou com 28 cruzamentos na partida. Em termos de comparação, o Unión La Calera deu 29 cruzamentos contra o Flamengo nos dois jogos somados. Já o Vélez, apenas 9 no confronto contra o rubro-negro carioca. O resultado: time conseguiu marcar 2 gols e empatar a partida.

A LDU continuou tentando pressionar e sempre deixando muito espaço atrás, com os 2 zagueiros no mano a mano com Bruno Henrique e Gabigol. Mas, o Flamengo não estava conseguindo explorar, devido aos lançamentos/chutões errados e a altitude. Quando botou a bola no chão, fez a jogada que resultou no pênalti do terceiro gol. Agora, no Maracanã, é difícil imaginar a equipe equatoriana em uma estratégia tão ousada por muito tempo, apenas em casos de desespero. Ainda assim, caso faça, dificilmente sairá impune com tantos buracos na defesa.

Contra o Velez, na Argentina, o time já entrou em campo em um 4-2-3-1. Sem a altitude a seu favor, a LDU só deu 2 finalizações a gol e cruzou “apenas” 12 bolas na área. Perderam a partida por 3 a 1. Contra o La Calera, fora de casa, também sem altitude, atuou em um 4-4-2, teve apenas 41% de posse, cruzou 18 bolas e empatou em 2 a 2, os dois de cruzamentos- um deles em que o jogador cruzou errado e a bola foi direto para o gol.

Mas, é preciso destacar: além da questão tática, da defesa deixar buracos as vezes, o time é muito fraco tecnicamente. Se contra o Flamengo eles cometeram um pênalti, no mínimo, infantil, contra o Vélez foi muito pior. Teve uma penalidade inacreditável cometida pelo lateral-direito José Quinteto e o 3° gol do time argentino foi, literalmente, um passe do zagueiro Ordóñez para Mancuello marcar, sendo que era uma cobrança de falta na área defensiva a favor da LDU.

Então, caso o Vélez Vença, a LDU entra em campo contra o Mais Querido em busca da vitória, mas ainda com a missão de tentar achar a escalação ideal. A tendência é que explorem muito os corredores e as bolas aéreas. Além disso, a torcida equatoriana precisa torcer para que os zagueiros não cometam erros graves técnicos, o que está sendo bem difícil de acontecer.