Análise Tática Chapecoense x Flamengo: Jogo dos desfalques

Equipes se enfrentam nesta segunda-feira, às 20h, na Arena Condá, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro

(Foto: Reprodução/Alexandre Vidal/Flamengo)

Flamengo e Chapecoense se enfrentam nesta segunda-feira (08/11), às 20h, na Arena Condá, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido vem de uma vitória contra o Atlético-GO e precisa vencer novamente para continuar com chances de ser campeão Brasileiro, além de preparar o time para a decisão da Libertadores. A equipe tem muitos desfalques importantes, mas ainda assim vai com opções técnicas e táticas para o confronto.

Renato Gaúcho não terá à disposição dez jogadores: Diego Alves e David Luiz, poupados, Isla, convocado, Andreas Pereira, suspenso, Thiago Maia, com dores, Filipe Luís, Diego, Pedro, Kenedy e Arrascaeta, lesionados. Assim, o time vai modificado. No gol, Gabriel Batista ou Hugo Souza começa. Na defesa, a tendência é que Léo Pereira forme a dupla de zaga com Rodrigo Caio, tendo Matheuzinho e Ramon nas laterais. Já no meio, a grande diferença deve ser a entrada de João Gomes como 2° volante.

O jovem tinha muita credibilidade com Rogério Ceni e chegou a ser o titular do time por parte da temporada, mas perdeu espaço com Renato Gaúcho. Entretanto, contra a Chape, o treinador não terá as três principais opções de 2° volante. Andreas Pereira é o titular. Quando ele não atua, Thiago Maia ou Diego jogam. Agora, João Gomes terá mais uma ótima chance de mostrar o valor. Até porque, o jogador que faz a função é bem importante para à equipe, pois é o responsável por fazer a transição da defesa para o ataque e dar dinâmica à equipe. João costuma render bem nessa posição.

Com o time titular completo, a formação costuma ser o 4-2-3-1. Mas, sem Arrascaeta, a tendência é que o Flamengo atue novamente em um 4-4-2 (4-2-2-2), com Michael entre os onze iniciais. Dessa forma, a primeira linha seria formada por Matheuzinho, Rodrigo Caio, Léo Pereira e Ramon, com Willian Arão de 1° volante e João Gomes de 2°. Everton Ribeiro atuaria pela direita e Michael na ala-esquerda, tendo a dupla de ataque formada por Bruno Henrique, mais à esquerda, e Gabigol, na direita.

Com esse esquema, Arão tende a recuar entre os zagueiros para auxiliar na saída de bola, dando liberdade para os laterais. Matheuzinho é o que mais avança, muitas vezes como um ala pela direita. Isso porque, Everton Ribeiro tem a tendência de cortar para dentro, abrindo buraco no corredor para o jovem infiltrar, receber o passe e fazer o cruzamento. Já na esquerda, Ramon não tem o mesmo espaço, pois Michael atua aberto, com a tendência de cair pela ponta, alternando muitas vezes com Bruno Henrique, que também cai pelo lado de campo. Então, o garoto fica mais preso atrás, indo apenas em ocasiões específicas. Já Gabigol, além de fazer os gols, se movimenta muito, abrindo pela direita e criando espaço na área para BH infiltrar e marcar.

Como opção, Renato Gaúcho ainda pode botar Vitinho de meia-armador, retornando para o 4-2-3-1. Assim, o treinador precisa tirar Michael ou Everton Ribeiro. Caso tire o ER7, Michael teria que fazer a ala-direita e Bruno Henrique a esquerda. Uma outra alternativa, que ai nem precisaria colocar o camisa 11, seria o de centralizar Everton Ribeiro, abrindo Micha e BH, deixando apenas o Gabigol de referência. Uma diferença importante é que com Michael na direita, Matheuzinho não teria o mesmo espaço para avançar, já que o ponta cortaria muito para o fundo. Ramon, por sua vez, passaria a avançar mais para fazer a tabelinha com BH. São algumas das alternativas de Renato para a partida.

Então, opções e qualidade não faltam para o Flamengo. Para vencer, a equipe precisa entrar focada, com intensidade, trocando passes rápidos e marcando pressão. A movimentação dos jogadores de frente será fundamental, já que a Chape deve entrar bem fechada, com as linhas próximas da área e tentando explorar o contra-ataque. João Gomes terá a importante função de dar a dinâmica à equipe. Finalizações de fora da área e a utilização da velocidade pelos corredores podem ser o diferencial. Caso faça isso, o Mais Querido tem tudo para sair com a vitória.