‘Analisar os atletas do grupo de maneira individual é ponto para evitar lesões’, diz ex-fisiologista do Flamengo

Alex Souto Maior trabalhou no Fla em 2016 e falou sobre o cenário atual das contusões

Alex-Souto-Fisiologista
(Foto: Reprodução / Fla Choque)

O Flamengo enfrentará uma maratona com o total de nove jogos no mês de outubro, além dos desfalques dos jogadores convocados pelas suas seleções, o Mais Querido tem perdido muitos jogadores por sucessivas lesões. Torcedores e imprensa têm questionado o trabalho dos preparadores físicos que integram o Flamengo. Em entrevista ao canal ‘Fla Choque’, Alex Souto Maior, ex-fisiologista que trabalhou no Mengão nos anos de 2016 e 2017, falou sobre alguns pontos que envolvem o cenário atual do Mais Querido.

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“O Flamengo precisa sempre estar em alto nível, porque ele luta sempre por todas as competições que disputa. O Carioca é apenas um approach para dar uma esquentada e o resto o Flamengo vem levando com tudo. Porém o clube tem muita tecnologia, comparando os clubes nacionais e internacionais que eu conheço, o Flamengo está muito a frente em tecnologia. Mas é o que eu sempre falo não adianta você ter uma Ferrari e ter um piloto que não sabe pilotar, não tem alguém que dirija de uma forma correta. E analisar os atletas do grupo de maneira individual é o ponto para evitar as lesões”, disse o ex-fisiologista Alex Souto Maior.

Alex ainda completou o raciocínio falando sobre todo os cuidados que devem ser tomados com os jogadores “A equipe do Flamengo é muito intensa, tem como característica pressionar muito os seus adversários, nos últimos jogos podemos ver que essa intensidade caiu. Estamos há alguns dias do principal jogo do ano, que é a final da Libertadores. Então todo o cuidado deve ser tomado com os jogadores que estão voltando do DM, a transição do DM para o campo tem que ser feito por um profissional com muita experiência, se fizer a transição mal feita, o atleta vai estourar e voltar para o DM novamente, ou seja a chance de perder o título é grande”.

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O ex-fisiologista do Flamengo também comentou sobre as lesões de Arrascaeta e David Luiz, duas das principais peças do Flamengo e que correm contra o tempo para estarem à disposição de Renato Gaúcho para a grande decisão:

Arrascaeta:

“Ele teve uma lesão grau 2 que não é uma lesão tão complexa, mas dependendo de quem for recuperar, e como for a recuperar ela pode se estender um pouco. É uma lesão que você ter no máximo oito semanas para o cara estar bem, vai variar entre seis e oito semanas dependendo de alguns pontos do atleta como recuperação e idade”.

David Luiz:

“O David estreou em um jogo de uma grande aceleração e logo depois ele estourou o adutor, então o procedimento padrão é fazer uma avaliação no atleta para saber se houve algo que causou essa lesão. Olhando de fora eu identifico que essa lesão do adutor foi uma consequência, ela não é a principal lesão, ela foi uma consequência de uma outra lesão. O correto é observar qual a origem da lesão, o que alterou a biomecânica do sujeito para estourar o adutor, existem muitas possibilidades para isso acontecer. Estão olhando para a lesão e não para a origem que levou a essa lesão, isso está errado”.

O Flamengo volta a campo na próxima quarta-feira contra o Juventude, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. E a lista de desfalques do Mais Querido é grande Bruno Henrique e Diego Alves não jogaram no último sábado e seguem como dúvidas para o jogo. Diego Ribas, e Gustavo Henrique seguem sendo avaliados para saber se terão condições de jogo. Além de Isla, Everton Ribeiro e Gabigol que estão servindo as suas seleções.