Na noite desta sexta-feira(28/05), o programa ‘Resenha’, da ESPN, contou com a presença ilustre do ídolo Rubro-Negro Adriano, o Imperador, campeão brasileiro pelo Fla e figura emblemática também na seleção brasileira. Em clima bem descontraído, o ex jogador contou suas experiências no mundo da bola, sua passagem por clubes brasileiros e principalmente sobre o seu momento no time do coração, o Flamengo, onde foi revelado e até hoje demonstra
seu amor pelo mais querido.
Mudança de posição
“Eu ia ser mandado embora. Eu era lateral esquerdo. Carlinhos que me fez mudar da lateral para o meio e do meio para frente. Ele foi me testando. E eu como estava crescendo muito, ele me colocou na frente. Como na favela eu já jogava com a galera mais velha do que eu,
então sempre dei porrada e na minha cabeça era isso.Foi dando certo”, disse.
Adaptação no ataque
“Antigamente eu não sabia fazer gol. Quem me ensinou tudo foi o Prandelli, no Parma. Acabava o treino e ele ficava me treinando, porque eu sempre tive essa deficiência de chegar na frente do gol e colocar a bola para dentro”, afirmou Adriano.
Aprendizado
“A escola de verdade para mim foi o Parma. Até hoje quando vou na Itália o povo me trata super bem, mas o Parma foi uma escola para mim de verdade. Ali eu aprendi a me dedicar mais, aprendi a jogar de verdade, a capacidade de pensar antes de fazer as coisas, então ali foi uma escola de vida, de tudo”, empoderou.
Nova geração de atletas
“Eu vim de baixo, assim como a maioria dos jogadores. Então eu tive que aprender com os mais experientes, e hoje em dia você vê os jogadores mais novos não ter essa atitude de abaixar a cabeça com quem tem mais experiência. Eu aprendi muito com o Ronaldo. Os mais
novos de hoje não fazem isso e ainda se acham os donos do mundo e não é isso. Escutar as vezes é bom, mas ninguém tem essa cabeça mais”, comentou o ex atacante.
Brasil x Argentina, final da Copa América 2007
“Naquele jogo ali, eles começaram a sacanear a gente, ia dar confusão, Luiz Fabiano já queria pegar um e eu pedi calma. Se você ver a jogada de verdade, eu tinha dado uma cotovelada no cara, só que não pegou.Nessa que eu virei, a bola bateu no cara e foi em mim e eu falei: ‘vou virar. Eu sei que o gol tá ali’. Se eu falar para você que eu queria chutar naquele canto é mentira, eu só virei e bati”, revelou em meio à risadas.
Ibrahimovic
“Ele sempre foi mais reservado. Ele nunca foi de falar muito com todo mundo não, mas comigo ele sempre falava, ele falava: ‘Adriano, sou apaixonado por você. Vim para cá para jogar contigo. Então sempre me tratou com muito carinho, sabe, de amizade mesmo. É um cara que
joga muita coisa. Nunca vi, um cara alto, mais alto do que eu e tem uma velocidade monstra e uma força monstra também.Habilidade não precisa nem falar. Foi uma honra jogar com ele e que pena que eu não pude ficar mais tempo”, contou.
Erro na operação
“Eu não minto isso para ninguém não. Eu também tive meus erros e hoje não estou jogando mais, porque operei o meu tendão duas vezes. No começo eu errei porque faltei a
fisioterapia, mas minha cabeça já não estava legal, mas me operaram mal(Questionado se o caso foi no Corinthians, ele afirmou). Não vou falar nomes, não estou reclamando, inclusive agradeço o Corinthians por tudo o que fizeram por mim, mas eu acho que teve alguma coisinha errada, só que não sou de guardar mágoa, eu só agradeço, porque se eu estou vivo hoje é graças a Deus e as pessoas que gostam de mim. Adoro todo mundo no Corinthians e eles sabem
disso”, deixou claro o ex jogador
Fim de um ciclo
“Sabe quando você tá acostumado a jogar de uma maneira? Então, é como se tirasse um chip e
colocasse outro. Eu so uforte, sou grande e até hoje eu não consigo sustentar meu corpo. Aí, para os jornalistas que me viram jogando falavam que eu parei de jogar porque ia para a noite, bebia, mas não sabem o que eu estou passando, e o que eu fiz? Recuei. Porque eu teria que me reabilitar para jogar de uma maneira diferente daquilo que eu já sei”, constatou.
Favela
“Eu durmo na favela até hoje. Se tiver que dormir no chão eu durmo. Um monte de gente mal caráter na Zona Sul e nego querendo reclamar que eu tiro foto com meu amigo na favela? Pode perguntar a qualquer um lá, quem tomava conta de muitos deles era meu pai”, falou.
Sonho
“Meu ideal é ver meu filho se profissionalizar e ver ele fazendo o que eu fiz, ou melhor. Isso para mim vai ser marcante e a gente semrpe quer o melhor para eles. Como pai, meu objetivo é de ver ele bem e tentar fazer o que o pai dele não fez”, concluiu.