A CBF anunciou duas novas datas para alguns jogos atrasados do Flamengo no Campeonato Brasileiro. Tratam-se das partidas contra o Athletico-PR (4ª rodada, no dia 02/11) e Flamengo x Atlético-GO (19ª rodada, 05/11). Com isso, o Mais Querido pode, inclusive, jogar quatro partidas em dez dias. Além disso, ainda ficaria faltando o jogo contra o Grêmio (2ª rodada). De acordo com Charles Gavin, em participação no programa “Redação SporTV”, é uma loucura que o rubro-negro e a CBF não entrem num acordo quanto a esse calendário.
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“Essa agenda do futebol brasileiro não tem espaço para imprevistos. Se a gente estivesse falando de um escritório de contabilidade e olhando para o balanço de uma empresa, tem sempre um item que é dedicado a situações imprevisíveis. No caso da agenda do Flamengo, não tem espaço para nada. Apesar do Flamengo ter um elenco, que dá para encarar essa agenda, talvez eles joguem quatro partidas em dez dias. Mas eu acho uma loucura que as partes não entrem num acordo, que não entendam a gravidade da situação. Isso não é bom para ninguém, nem para o Flamengo, nem para o futebol brasileiro. Agora, é preciso um entendimento da CBF, das Federações e até da FIFA. E, de fato, se as datas FIFA entrarem, o Flamengo tem muitos convocados para a Seleção Brasileira. Resta a gente saber como vão resolver esse imbróglio”, disse Charles Gavin.
Má vontade da CBF em relação ao Flamengo?
No entanto, o apresentado Marcelo Barreto levantou um questionamento sobre uma possível retaliação da CBF em relação ao Mais Querido. Isso porque o clube atua de forma contrária à Confederação Brasileira de Futebol no que diz respeito ao retorno do público aos estádios. Além disso, 17 clubes da Série A apresentaram um recurso aceito pelo STJD para suspender a liminar do rubro-negro carioca, que o permitia contar com os torcedores em seus jogos. Mas, para Charles Gavin, não há má vontade da CBF nesse sentido.
“Não acho que houve retaliação. Não acho que haja má vontade, acho que há vontade da maioria. E o Flamengo não quer se enquadrar nisso. Nós que buscamos uma postura imparcial podemos falar que o Flamengo vem adotando uma política absolutamente individualista. É o Flamengo pensando no Flamengo. O Flamengo não pensa no futebol brasileiro. Agora, não acho que na hora de decidir, de marcar uma data, de remarcar jogos, que a CBF faz isso. Não acredito nisso”, respondeu Charles Gavin.