Que o Flamengo tem dois jogadores (Gabigol e Everton Ribeiro) cedidos à seleção principal do Brasil, todo mundo sabe. Porém, o que muitos não tem ideia é que a CBF não paga para que os atletas atuem pelo seu país. O que no caso, é extremamente errado, de acordo com o artigo 41 da Lei Pelé.
“A entidade convocadora indenizará a cedente dos encargos previstos no contrato de trabalho, pelo período em que durar a convocação do atleta, sem prejuízo de eventuais ajustes celebrados entre este e a entidade convocadora”. Ou seja, a confederação, por ter convocado os atletas, teria que pagar seus salários, inclusive caso haja a lesão de algum deles.
De acordo com o portal UOL, a CBF não paga nem um centavo para que os jogadores atuem pelo seu país. O atacante Pedro por exemplo, que viajou para fora do país para defender o Brasil pela Seleção Olímpica, contraiu a covid-19 e já desfalcou o Flamengo em uma partida. Hoje, contra o Red Bull Bragantino pelo Campeonato Brasileiro, o atleta também não jogará.
Por ter ficado um tempo afastado, a diretoria do Rubro-Negro entendeu que ele precisa de um melhor condicionamento físico, e, portanto, poupará o jogador.
Apesar de descumprir a Lei Pelé, a CBF lucra bastante durante essas competições. Ainda segundo o portal UOL, a entidade colocará a mão em um montante de pelo menos R$ 30 milhões. Nas eliminatórias da Copa do Mundo, por exemplo, o contrato da confederação com a Globo prevê uma remuneração de US$ 2 milhões (R$ 10 milhões) por jogo em casa do campeonato.
Já na Copa América, cada seleção recebe um total de US$ 4 milhões (R$ 20 milhões). Assim, o faturamento mínimo no período é de R$ 30 milhões.
Caso a Seleção Brasileira seja a campeã da Copa América, o prêmio é ainda maior: US$ 10 milhões (R$ 50 milhões). Ou seja, a entidade pode faturar até R$ 80 milhões neste período em que utiliza os jogadores dos times nacionais e internacionais.