Um atleta de 14 anos do judô do Flamengo alega ter sido espancado dentro do próprio clube, no que foi chamado pelos agressores de “batizado”. Após o incidente, a vítima chegou a ser atendida no Hospital Getúlio Vargas e foi à delegacia prestar depoimento. A polícia investiga o caso. As informações são do site “G1”.
O atleta alega no inquérito que sofreu enforcamento com quimono, nariz tampado, tapas e chutes. De acordo com a vítima, o agressor é o judoca Daniel Nazaré, residente em Nova Iguaçu, de 21 anos. Ele não foi ouvido até o momento no inquérito. O caso foi registrado no dia 19 de março deste ano na 22ª Delegacia de Polícia, na Penha, e encaminhado para a 15ª DP, na Gávea.
No laudo do exame de corpo de delito prestado pelo jovem, foram detectadas lesões por “ação contundente”. O Instituto Médico Legal traz a descrição que também consta no registro, de que “um outro atleta começou a fazer ‘brincadeiras’ agressivas como tapas no rosto, apertando o nariz, enforcando, no dia 17.03.2022”, salientando que a vítima estava nas dependências do clube.
O exame detectou “equimose arroxeada medindo cerca de 10mm x 10mm em ponta do nariz à esquerda” e “escoriação medindo de 10mm x 10mm em região temporal esquerda, com crosta hemática”. O documento conclui que há vestígio de lesão corporal por ação contundente, sem risco à vida.
A vítima informou no registro de ocorrência que pratica judô desde os 3 anos de idade e, desde os 5, treina no Flamengo, sendo atualmente faixa roxa. O atleta disse que treina frequentemente com atletas mais velhos e graduados. Ele, inclusive, declarou que já conhecia Daniel Nazaré (faixa preta) e que tinham treinado juntos algumas vezes.
De acordo com a vítima, no dia da agressão, ele participou do treino previsto para acontecer das 17h às 19h no Flamengo. A prática contava com atletas mais velhos, sendo ele o único “sub-15” na atividade. O jovem alega que, quando teve o pescoço entrelaçado pelo kimono, pediu para Daniel Nazaré parar, mas o mesmo não obedeceu e ainda apertou o nariz para não respirar, a ponto de quase perder a consciência.