Depois de uma estreia animadora contra o Boavista, o técnico Paulo Sousa terá o primeiro desafio mais pesado no comando do Flamengo. O Mais Querido enfrenta o Fluminense neste domingo (06/02), às 16h, no Estádio Nilton Santos, pela 4ª rodada da Taça Guanabara. O treinador português conta com o retorno de alguns jogadores e este deve ser a primeira partida do rubro-negro na temporada com o time considerado principal. Com isso, o DIÁRIO DO FLA preparou uma Análise Tática das principais opções do time, levando em conta o estilo de jogo do técnico.
Contra o Boavista o Flamengo atuou, com a bola, em uma espécie de 3-4-2-1, com três zagueiros de ofício – Gustavo Henrique, Noga e Cleiton. No clássico, o time não deve ter três defensores de origem. A provável escalação é: Hugo Souza, Isla, David Luiz, Léo Pereira/Gustavo Henrique, Filipe Luís, Arão, Andreas Pereira, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. Entretanto, a tendência é que Paulo Sousa bote o Mais Querido em uma formação bem parecida com a da estreia, tendo novamente três jogadores mais recuados.
A diferença desta vez é que, ao invés de três zagueiros, Filipe Luís é quem deve ficar na primeira linha, junto com David Luiz e Léo Pereira/Gustavo Henrique. Na frente deles, novamente quatro jogadores. Isla fica na ala-direita, Arão centralizado, como um volante um pouco à direita, enquanto Andreas é o volante à esquerda. Já na ala-esquerda, a tendência é que Everton Ribeiro faça a função. O jogador sempre teve o costume de atuar como um meia-direita, mas Paulo Sousa o testou aberto pela esquerda contra o Boavista e deu certo.
Em termos de formação, é bem possível que tenha uma mudança no último terço. Ao invés de atuar em um 3-4-2-1, o Flamengo deve jogar em um 3-4-1-2. Assim, Arrascaeta fica centralizado, como um meia-armador, bem próximo dos atacantes para dar o toque final e pisando bastante na área. Já Bruno Henrique e Gabigol formam a dupla de ataque, algo que já estão mais do que acostumados. Há, claro, a possibilidade de Paulo Sousa manter o esquema da estreia. Assim, teriam algumas mudanças de posicionamento.
Uma possibilidade seria a de Gabigol jogar centralizado, Bruno Henrique por dentro mais para esquerda, o que está bem habituado, só que aí Arrascaeta teria que ficar mais para direita, onde não tem tanto costume – apesar de ter qualidade para sair bem na função. Paulo Sousa pode também colocar BH na ala-esquerda. Assim, Everton Ribeiro voltaria a jogador por dentro pela direita e Arrasca o mesmo, só que pela esquerda. O problema é que, por mais que deixe os dois meias em posições que ficam bem à vontade, Bruno Henrique ficaria um pouco mais distante da área.
Há também uma outra estratégia que Paulo Sousa pode tentar, ainda no 3-4-2-1. Nela, Willian Arão quem recuaria entre os zagueiros para fazer a saída de bola – algo que ele faz muito bem desde 2019. Dessa forma, Filipe Luís passaria a atuar como o ala pela esquerda, enquanto Everton Ribeiro, pela direita, e Bruno Henrique, esquerda, formariam a dupla atrás de Gabigol, por dentro. Já Arrascaeta passaria a jogar um pouco mais recuado, centralizado, ao lado de Andreas, com espaço para ler e distribuir o jogo, além de ter a liberdade de pisar na área.
São algumas possibilidades que Paulo Sousa tem, sem sequer precisar mudar os titulares. Isso que o treinador ainda tem ótimas opções no banco, que dão diversas alternativas, como Pedro, Vitinho e Marinho. O próprio jovem lateral-esquerdo Ramon pode ser uma alternativa interessante para a ala-esquerda, tendo em vista que ele é um jogador bem ofensivo. Ou seja, material humano não falta para o português. Resta saber se o time vai repetir o desempenho que teve contra o Boavista no clássico de hoje.