O Flamengo e os demais 15 clubes classificados às oitavas de final da Libertadores conhecem nesta terça-feira seus adversários na sequência da competição. O sorteio será realizado em evento na sede da entidade, em Luque, no Paraguai, às 13h para o horário de Brasília.
O Flamengo concluiu a fase de grupos com a quinta melhor campanha geral e por isso está no Pote 1. A dinâmica do sorteio é bem simples: os times do Pote 1 (primeiros colocados dos oito grupos) enfrentam aqueles do Pote 2 (segundos colocados).
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Apesar do sorteio acontecer agora os jogos só serão realizados em meados de julho, quando a Copa América já tiver acabado. O Diário do Fla traz as possibilidades de confronto para o Mengão no caminho do sonho do tricampeonato da Libertadores.
Defensa Y Justicia (ARG)
Campeão da Copa Sul-Americana na temporada passada, o Defensa surpreendeu o Palmeiras, ganhando a Recopa dentro do Allianz Parque. Sorteado para o Grupo A foi a única equipe capaz de derrotar o alvi-verde na Fase de Grupos. Chega às oitavas após 9 pontos ganhos, 11 gols marcados e oito sofridos.
A equipe comandada por Sebastián Beccacece, entretanto, vem tendo um desempenho irregular na temporada. Terminou apenas na 11ª colocação na Copa da Liga Argentina e ficou distante de disputar o título. Os comandados de Beccacece apresentam um estilo de jogo muito agressivo no ataque mas com muitos problemas defensivos. É o único adversário do Pote 2 que o Flamengo jamais enfrentou na Libertadores.
Olimpia (PAR)
O Olimpia foi a equipe com a classificação mais épica desta fase de grupos. Os paraguaios precisavam aplicar quatro gols de diferença nos venezuelanos do Deportivo Tachira para avançarem de fase. E foi o que aconteceu. Os alvinegros venceram por 6 a 2, concluindo a fase com nove pontos ganhos, 13 gols marcados e 14 sofridos.
Apesar da campanha irregular é um adversário indigesto pra o Flamengo na Libertadores. Nem o lendário time de 1981 conseguiu superar os paraguaios. O rubro-negro nunca derrotou o Olimpia na história da principal competição sul-americana. Foram seis jogos, com quatro empates e duas vitórias do Olimpia. O uruguaio Sergio Orteman comanda a equipe. Campeão da Libertadores pelo clube como jogador em 2002, ele adota a ligação direta e os contra-ataques como sistema de jogo mais constante. Em um eventual encontro com o Fla certamente esperará os rubro-negros para tentar explorar os espaços deixados pelo time de Rogério Ceni. O Olimpia é tricampeão da Libertadores e dono de 45 títulos paraguaios. Na atual temporada ficou com o vice-campeonato do torneio Apertura do país.
Boca Juniors (ARG)
O poderoso Boca Juniors, seis vezes campeão da Libertadores pode ser adversário do Flamengo no mata-mata do torneio. Seria a segunda vez que o rubro-negro encontraria o Boca no torneio. Em 1991, pelas quartas de final, os argentinos se deram melhor. Derrota por 2 a 1 no Maracanã e vitória por 3 a 0 na Bombonera. O Boca somou 10 pontos no complicado Grupo C na atual edição, marcando seis gols e levando apenas dois.
Adversário sempre difícil, principalmente em mata-matas, os xeinezes são comandados pelo treinador Miguel Ángel Russo. Na atual temporada o Boca terminou a fase de classificção da Copa da Liga Argentina na segunda colocação do Grupo 2. Nos mata-matas, eliminou o arqui-rival River Plate nas quartas de final e acabou eliminado pelo Racing na semifinal, ambas nos pênaltis. O maior mérito do time de Russo é o equilíbrio defensivo, tanto que conseguiu sofrer apenas dois gols na fase. Entretanto é uma equipe refém de individualidades.
River Plate (ARG)
Apesar de ser outro gigante do cenário sul-americano, o River Plate traz excelentes lembranças à torcida do Flamengo. A mais recente e gloriosa delas é claro, foi o título da Libertadores de 2019 na épica decisão em Lima, no Peru. Além disso, o Fla jamais foi derrotado pelos milionários em cinco jogos pela Libertadores. Foram três vitórias e dois empates contra os tetracampeões sul-americanos.
Apesar da primeira fase claudicante e da eliminação na Copa da Liga Argentina, o River Plate é um dos principais postulantes ao título. O clube terá tempo de se recuperar do surto de Covid-19 que quase custou uma eliminação na fase de grupos. A equipe de Marcelo Gallardo joga um futebol ofensivo baseado em muita pressão no campo defensivo adversário, valorização da posse de bola, controlando e agredindo os oponentes de maneira categórica. O River somou nove pontos, marcou sete gols e sofreu os mesmos sete.
São Paulo
O tricolor paulista, que saiu de uma fila de nove anos sem títulos com a conquista do Paulistão, é o único brasileiro que o Fla pode enfrentar na fase de oitavas de final. Se por um lado pode haver certa vantagem por uma viagem curta à capital paulista, por outro existe um incômodo jejum contra o adversário. O Mengão não vence desde 2017 e em 2020 foi amplamente dominado nos confrontos, com direito à eliminação na Copa do Brasil. Eles se enfrentaram na Libertadores de 1993 nas quartas de final. 1 a 1 no Maracanã e 2 a 0 São Paulo no Morumbi e o tricolor arrancava para o bi.
O São Paulo é uma das atrações do futebol brasileiro neste início de temporada. O clube trouxe o treinador argentino Hernán Crespo, campeão da Sul-Americana com o Defensa y Justicia. Algumas atuações encheram os olhos, mas o clube acabou se arriscando ao poupar jogadores na Libertadores, deixando importantes pontos pelo caminho e concluindo a campanha com 11 pontos, nove gols marcados e apenas dois sofridos. Um dos adversários para a nação fazer figa e evitar nas oitavas.
Universidad Católica (CHI)
A julgar pelo retrospecto contra o adversário na Libertadores, o Flamengo deve fugir dos chilenos. Assim como os paraguaios do Olimpia a Católica é a equipe que mais enfrentou o Fla no torneio, dentre aqueles que estão no Pote 2. E o rubro-negro só venceu duas vezes em seis jogos. Perdeu quatro vezes.
Entretanto como retrospecto não ganha jogo, a equipe chilena é um dos adversários mais acessíveis para se avançar de fase, ao menos teoricamente. Em um grupo bastante equilibrado acabou surpreendendo ao terminar na segunda colocação com nove pontos, seis gols marcados e seis sofridos. O treinador Gustavo Poyet é um ex-jogador uruguaio com passagens pelo futebol inglês. Se cruzar o caminho do Fla, é provável que se comporte de maneira reativa nos confrontos. A equipe ataca de maneira posicional. No âmbito doméstico, a Católica ocupa a 3ª colocação no Campeonto Chileno.
Vélez Sarsfield (ARG)
Adversário indubitavelmente mais conhecido pelo Flamengo neste Pote 2. O motivo é óbvio. As equipes foram adversárias pelo Grupo G do torneio. As partidas foram muito disputadas. Na Argentina, apesar da vitória dos cariocas, os argentinos estiveram duas vezes e vantagem e o brilho de Arrascaeta deixou o Fla em vantagem. E no Brasil, com as duas equipes já classificadas, realizaram praticamente um jogo de compadres.
Apesar de um mal início no Grupo G com duas derrotas nas duas primeiras rodadas, os argentinos se recuperaram com três vitórias seguidas na sequência e assim como o Fla garantiram vaga com uma rodada de antecedência. Foram 10 pontos ganhos, 10 gols marcados e oito sofridos. O clube fez uma ótima fase de classificação na Copa da Liga Argentina, terminando com a melhor campanha. Mas caiu para o Racing nas quartas de final, nos pênaltis, após 0 a 0 no tempo normal. Maurício Pellegrino alterna constantemente o esquema tático e o onze inicial a cada partida.
Cerro Porteño (PAR)
Outra equipe que traz boas recordações ao rubro-negros na Libertadores. Na histórica campanha do título de 1981 foram dois encontros na fase de grupos. 5 a 2 para o Fla no Rio e 4 a 2 novamente para o escrete de Zico e cia. no Paraguai. O Cerro se classificou na segunda colocação do Grupo H, o mais fraco da fase de grupos de 2021, marcando 10 pontos, fazendo apenas quatro gols e sofrendo cinco. Acabou passando como “menos pior”.
A equipe é treinada por “Chiqui” Arce, ídolo do Palmeiras, campeão da Libertadores pelo clube em 1999 e vice da Mercosul para o Flamengo no mesmo ano. O Cerro Porteño concluiu o torneio Apertura paraguaio na 4ª colocação. É uma equipe que pratica o futebol típico paraguaio. Recua o bloco de marcação na maior parte do tempo e explora contra-ataques contra equipes mais qualificadas ou em jogos de fora de casa.