O Flamengo enfrentou o Athletico-PR no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil nesta quarta-feira. Depois de um bom primeiro tempo, o Mengão se perdeu na segunda etapa, levou a virada, mas conseguiu empate no fim por 2 a 2 com gol de pênalti de Pedro. Após o jogo, o treinador Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva, onde defendeu a penalidade marcada a favor do Fla e explicou o motivo de ter tirado Michael.
”Eu não gosto de falar de arbitragem. A única coisa que eu critico é o VAR. Em primeiro lugar, foi pênalti no domingo e foi pênalti hoje. Já falei, se isso acontece na minha área, tem que dar pênalti também. O lance foi parecido e é por isso que eu falo que o VAR apita o jogo. O VAR tem que fazer o que fazer hoje, chama o árbitro e deixa ele tomar a decisão. O VAR não tem que decidir, quem tem que decidir é o árbitro. Foi pênalti legítimo, como foi pênalti também no Maracanã. O que não pode em cada jogo ter uma regra”, disse Renato, antes de emendar:
”Michael saiu porque 10 minutos antes de sair, ele já havia pedido pra sair porque estava muito cansado. Estava na hora de tirá-lo pelo cansaço, jogou praticamente todos os jogos comigo, se entrega muito e se desgasta muito. É um jogador que como todos os nossos jogadores está a cada 3 dias está numa decisão. Então chega uma hora que eu falo que os jogadores também são seres humanos”
Confira outros trechos da coletiva:
Sobre o posicionamento de Gabigol
”Não conheço um jogador do mundo que não fique alguns jogos sem fazer gol. Até um tempo atrás estavam cobrando o Pedro por não fazer gol e eu passei tranquilidade para ele. A mesma coisa vale para o Gabriel, o importante é a entrega que ele vem tendo, no momento que ele se desloca, ele abre espaço para algum companheiro. Se ele ficar parado contra uma equipe que joga com três zagueiros, ele não vai tocar na bola. Então muitas vezes ele sai para abrir espaço para os companheiros”
Dificuldade para trocar passes
”Algumas vezes é normal. O Athletico joga toda hora aqui, é grama sintética e faz uma diferença muito grande. No momento que se enfrenta uma equipe que está acostumada com esse tipo de gramado, a dificuldade aumenta. A gente sabia das dificuldades, isso foi conversado, mas mesmo assim minha equipe arriscou o tempo todo, saindo jogando, quebramos a primeira linha deles. Agora, fica difícil fazer toda hora. Então, essa, sem dúvida nenhuma, foi uma das maiores dificuldades hoje (gramado)”.
Motivo de ter ficado de costas na cobrança de Pedro
”Eu fico olhando para o telão, já que na hora do pênalti fica muito jogador na minha frente. No telão eu enxerguei muito mais e eu jamais ficaria de costas para um jogador meu que vai bater um pênalti. Eu tinha uma visão espetacular pelo telão”
Lição para o jogo de volta após o empate
”Eu respeito a opinião de todo mundo, mas a minha equipe fez um bom jogo hoje, apesar das dificuldades com o campo. Não é fácil jogar aqui dentro, o gramado prejudica bastante. Minha equipe jogou, criou muito mais que o Athletico. Respeito a opinião de todo mundo, mas minha equipe jogou bem e eu falei para eles isso. Nós competimos, não é fácil jogar aqui. Então eu parabenizei minha equipe, porque estamos vivos e temos mais 90 minutos no Maracanã com a nossa torcida. Não é nada fácil jogar no Maracanã também não e a gente vai ter nossa torcida”
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Sobre Arrascaeta ser insubstituível
”O Arrascaeta é um jogador acima da média, Bruno Henrique também. São jogadores que estão entrosados com os demais companheiros, estamos improvisando jogadores com qualidades diferentes. Então é uma coisa normal, no momento que você perde o Arrascaeta, um jogador que constrói bastante e dificulta o adversário. Não que o Andreas esteja mal, mas ele está fora de posição. Já coloquei o Everton e o Vitinho nessa função também, mas o Arrascaeta é o Arrascaeta. Então é difícil encontrar jogadores com características iguais as dele. Mas, os que tem entrado vem nos ajudando e daqui a pouco a gente tem o Arrascaeta de volta também”, finalizou Renato.