Maior nome da história do Flamengo, Zico realizou uma palestra, que reuniu todos os times da categorias de base do Rubro-Negro, mais o elenco do futebol feminino. O evento “DNA Rubro-Negro” aconteceu nesta quinta-feira em um auditório num hotel da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Em conversa com o site “Ge”, o eterno camisa 10 da Gávea contou como foi a experiência em falar com jovens promessas do esporte. O ex-jogador admitiu a emoção ao olhar a plateia de garotos e relembrar da época que iniciava a carreira no clube.
“Foi muito emocionante porque lembrei exatamente do meu começo, da base. Lembrança boa da chegada, dos sonhos, de me imaginar jogando profissionalmente. Lembrei do meu tempo de torcedor, das dificuldades que passei. Cheguei aos 13 anos e só fui jogar uma competição dois anos depois”, disse o maior ídolo da Nação.
Zico foi convidado para realizar a palestra pelo ex-gerente geral das categorias de base, Luiz Carlos, hoje responsável pelo futebol profissional do Mais Querido. O intermédio do convite foi Thiago Coimbra, filho do Galinho de Quintino, que rapidamente fez a ponte pro evento acontecer. O clube chegou a oferecer um valor pela palestra, porém o ex-camisa 10 recusou e participou de forma voluntária.
Nomes importantes da história recente e da atual gestão do futebol do Flamengo marcaram presença no evento. Foram os casos de Filipe Luís, atual treinador do sub-17, Vitor Zanelli, vice-presidente de futebol de base, e Carlos Noval, gerente de futebol de base.
Luta pelo sucesso
Vale destacar o caminho difícil que o maior ídolo Rubro-Negro teve que percorrer na busca pelo sucesso. Muito franzino, quando novo, Zico teve que realizar um trabalho intenso para ganhar 17 centímetros de altura e 30 kg de massa muscular ao longo de sete anos no Flamengo.
Além disso, como Seu Antunes, pai do Galinho, não abria mão dos estudos, a rotina do ex-jogador era exaustante. Para conciliar o futebol com a escola, Zico saía às seis da manhã de Quintino para treinar às 8h na Gávea. Posteriormente, pegava um ônibus às 11h para a Central, onde estudava no Rivadávia Correia de 12h às 17h. Depois encerrava o dia no Leblon.