O Flamengo perdeu para o Fortaleza por 2 a 1, nesta quinta-feira, no Maracanã, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Mais Querido deixou de liderar a tabela de classificação. Logo após o resultado ruim, o treinador Tite esquivou do fator físico da equipe e apontou a baixa efetividade no ataque como fator crucial para a derrota.
“Não tenho uma opinião formada sobre isso, a não ser o acúmulo (de desgaste em jogos). Mas também, o jogo do desempenho e de número grandes de oportunidades criadas que não trouxe efetividade contra um equipe que joga de forma vertical em poucas oportunidades conseguiu ganhar o jogo. Isso não é demérito, saber jogar no contra-ataque. É um mérito”, disse o treinador.
Além disso, o treinador, ao lado do auxiliar técnico César Sampaio, também falaram sobre período de desfalques por conta da Copa América, uso de certos jogadores, arbitragem, entre outros assuntos.
Desfalques da Copa América
“Estou muito triste. O sentimento que o torcedor do Flamengo está sentido eu também estou (com derrota para o Fortaleza). Porém, tenho que analisar um contexto todo. Se nós tivemos no inícios e dissemos, vamos fazer nove jogos sem o nosso potencial técnico maior, total, e vamos vencer cinco, empatar duas e perder duas. Hoje continuo triste, e sentir a derrota faz parte de uma equipe vencedora. Foi uma derrota doída. Porém o contexto precisa ser avaliado”, Tite.
Uso de Gerson
“Já reconheci o Gerson pela necessidade que nós tínhamos dele jogar em duas ou três posições. Até coloquei que ele era um coringa. Conversei com ele sobre isso. Agora, onde ele mais produz é do lado direito, mas a necessidade da equipe, em diversas circunstâncias, faz ele executar outras funções. Conversei com ele, e o próprio Gerson me disse: ‘Professor, imagino o quanto tempo você deve estar sem dormir, porque machuca um, outro, tem gente fora’. Não estou colocando isso para dramatizar nada, só estou colocando para o torcedor, de quanto os atletas e nós, da comissão, nos colocamos a necessidade da equipe”, Tite.
Entrada de Gabigol
“Com o Gabriel temos a possibilidade de ter movimentação e presença de área. O gol que ele faz, e esta situação foi milimétrica, dá esta possibilidade. Usamos as nossas armas para adaptar ao jogo, ao que ele apresentava”, Tite.
Perda da Liderança
“As etapas e o percentual de aproveitamento é significativo. É um campeonato muito difícil e estas oscilações vão acabar acontecendo. É importante que elas não sejam demais, ou por muito tempo, para assim termos um aproveitamento de G4. As últimas 10 rodadas definem o campeão. Claro que queríamos estar em primeiro, claro que estamos tristes, mas temos que analisar o quadro inteiro”, Tite.
Volta de Allan e Pulgar pioraram a equipe?
“Discordo. Tivemos 70% de posse, 21 finalizações, 7 no gol, contra 7 do adversário com uma no gol. Com um gol, que na minha avaliação deveria ter tido uma intervenção do VAR. A gente sabe que qualquer toque obstrui o gesto técnico, e o Wesley foi tocado pelo adversário. Parabenizo a efetividade do Fortaleza, do Vojvoda, que já está a três anos na equipe e tem um time muito ajustado. Mas discordo, pra mim faltou efetividade”, César Sampaio.
Falta em Wesley
“O lance foi falta. Categoricamente foi falta. Já tenho experiência, como professor, treinador e jogador. Foi falta. Existe um desequilíbrio no atleta. É notório, é claro. Não é problema da Edna, ela precisava ser ajudada. Foi o Caio Marques (VAR), foi falta. A gente deveria ter aproveitado mais as oportunidades, uma eficiência maior, tudo isso, mas também teve este erro”, Tite.
Matheus Gonçalves
“Ele criou a oportunidade dele, pelo trabalho sério que desenvolveu ao longo do tempo. Ele é jovem e foi bem”, Tite.
“Parabenizar o Matheus. É um menino muito talentoso. É um jogador que tem um manejo da bola como um ponto forte e fez um grande jogo. Transferiu aquilo que ele desenvolveu nos treinos”, César Sampaio.
Vaias
“Não vaiem o atleta, ele não vai melhor com vaia. Eu vou ficar um tempo aqui, não sei até quando, estou técnico do Flamengo. Daqui a pouco vem outro técnico e também vai pedir para a torcida não vaiar os jogadores. Ele não vai produzir mais. Não façam isso, pelo carinho, pelo trabalho desenvolvido. Eles não estão negligenciando o trabalho. É o mesmo jogador que vai depois fazer uma partida decisiva. Estou pedindo como vovô, não façam isso. O Flamengo não merece, a história do clube não merece, nem os atletas, eles estão trabalhando. O atleta sente dentro de campo. Se vaiar piora, se acolher o jogador tem mais força. E também não é torcida, são alguns. Precisamos saber diferenciar”, Tite.