Tite fala sobre retomada de confiança em período nos EUA: ‘Esse tempo nos permite isso’

Treinador concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira

Tite fala sobre retomada de confiança em período nos EUA: 'Esse tempo nos permite isso'
Foto: Gustavo Henrique Dando Choque

Na tarde desta sexta-feira, após a atividade de treinamento do Flamengo, o técnico Tite concedeu entrevista coletiva nos Estados Unidos. Entre diversos assuntos, o treinador a importância da retomada de confiança da equipe.

”A relação de confiança é quando há tempo junto, quando há cuidado do técnico para com os atletas e com a equipe. As verdades do seu jeito, positivas ou negativas. Eu não imponho, mas faço atleta refletir. Ele escolhe o seu caminho, mas eu coloco o trabalho. O conhecimento daquilo que se faz, se não há conhecimento técnico e tático, quantificação de cargas, não adianta. Então cuida da qualificação profissional, das relações de transparência e das relações humanas, aí a confiança pode se estabelecer. Esse tempo todo nos permite isso”, disse o treinador, antes de emendar sobre montagem do elenco rubro-negro:

”O que eu acredito numa equipe do tamanho do Flamengo: ter dois atletas em cada posição é importante. Porque é inevitável um momento de decréscimo técnico, problema físico ou convocação. E o Flamengo enquanto instituição tem que ter uma equipe forte. Tenho colocado isso para eles. Depois o técnico vai agradar 11 que vão ficar contentes. Cinco vão entra em condições normais e vão ficar um pouco satisfeitos com o técnico. Os outros não vão gostar, mas vão ter o meu respeito e o trabalho”, complementou.

Confira outros trechos da coletiva:

Pressão nos treinadores

”A primeira coisa que o técnico tem é a satisfação, orgulho, alegria de fazer o que gosta. Ter o amor da atividade. Eu fui educado pelo esporte. O joguinho de rua me educou para o esporte, em ser melhor e não levar vantagem. Quando você tem contato com atletas que tu põe e remete de volta esse espírito, o Gerson é um deles, isso te contagia. Te dá uma série de aspectos do que é estar técnico de uma equipe do tamanho do Flamengo. Tenho a noção exata disso. A grandeza, visibilidade, retorno financeiro… Isso tudo dá, em contrapartida dá uma pressão muito grande, exigência… É acordar três, quatro vezes da noite sabendo que precisa passar um recado ao atleta e anotar. Vamos fazer um jogo amanhã importante, as duas equipes querem vencer, não vai atrás de que é amistoso. E vencer dando o melhor, isso te move. Porém, é inevitável. 2014 foi para mim, esse período até vir para o Flamengo, um momento de respirar e ficar com a família. E os outros todos porque tinha vontade de estar empregado e não tinha clube para poder trabalhar. É dar a vida”

Futebol dos Estados Unidos

”Processo de evolução constante e muito rápido. Na vinda de atletas de alto nível, o Facundo (Torres, do Orlando City) é da seleção uruguaia; o Gallese (do Orlando City) estava na seleção peruana na final da Copa América. Uma série de jogadores, colombianos, técnicos… Tem todo um trabalho desenvolvido. Não só dentro do Orlando, mas de maneira geral. O atrativo de grandes atletas, e o Messi (do Inter Miami) é um grande exemplo. Ter uma grande liga é um processo de evolução com Copa do Mundo presente, traz esse componente também”

Carinho da Nação

”Me orgulha o carinho que tem. Claro que é bom, sou ser humano, não sou insensível. Quando chego perto e o torcedor me afaga, me dá motivação, energia maior de retribuição do meu trabalho”, finalizou Tite.