Em jogo equilibrado no Allianz Parque, o Flamengo empatou em 0 a 0 com o Palmeiras pela terceira rodada do Brasileirão. Depois da partida, o técnico Tite concedeu entrevista coletiva e, entre diversos assuntos, ressaltou um importante fator para o resultado igual.
”Gramado que proporciona velocidade, a arbitragem também (poderia estar) num nível melhor. Não é porque tomei amarelo, tem que ter um critério estabelecido. Foi a supremacia das duas equipes do processo de marcação com dois modelos diferentes de contato em cima da criatividade. Nos poucos momentos em que as equipes tiveram criatividade, não houve a conclusão”, disse, antes de emendar sobre preservar jogadores:
”Eu estava pedindo para chamar o Fábio (Mahseredjian) porque ele tem detalhes específicos da área que são científicos, que não é da vontade do técnico. A vontade do técnico é competir todos os atletas e colocar. Mas tem alguns atletas com seis ou sete jogos seguidos. Aí o departamento médico diz: “A nossa posição é de cuidados”. Hoje especificamente tínhamos Pedro, Nico, Ayrton, Erick Pulgar e Luiz Araújo, que estavam em sinal amarelo e vermelho porque tinham riscos importantes e você perde jogador para seis ou sete jogos. E o sintético tem uma característica diferente. A exigência articular e muscular no sintético é muito maior também”, complementou.
Veja outras respostas:
Ausência de Pedro e De La Cruz (Resposta César Sampaio)
”Quanto a não iniciarmos com o Pedro e Nico, nós temos a avaliação fisiológica, o acúmulo de minutos. Então, seguindo essas recomendações do Departamento de Saúde e diante desse calendário árduo também, iniciamos com outros atletas que no nosso entendimento também poderiam responder bem. Eles entraram no segundo tempo, os links já são links dentro dos minutos que nós temos aqui no Flamengo. Eles já se conhecem melhor, entendo até que com a entrada dos dois nós começamos a fluir um pouco mais ofensivamente, mas é isso. Foi o Departamento de Saúde que nos deu esse direcionamento”
Resultado foi bom?
”Resultado justo, e o jogo foi equilibrado”
Posicionamento de De La Cruz e Gerson com os dois disponíveis
”Nesse jogo específico foi o inverso, o Gerson entrou por dentro e o De La Cruz com a flutuação, algo que ele já fez na seleção do Uruguai. Porém são jogadores que podem ser utilizados em mais de uma função, a gente tem esse entendimento do jogo e respeita muito isso para ver o que o jogo pede. Nós tentamos sempre estar tendo recursos para que possamos não só entender o jogo, mas desenvolver soluções ofensivas nesse caso”
Bola aérea no empate
”São dois modelos que são vencedores. O Abel, e eu o parabenizei antes do jogo e parabenizo o Palmeiras por ter um trabalho tão longevo, tão vitorioso, com os atletas com uma sintonia do modelo e abraçar é muito difícil no futebol. Então falei, falei isso para ele, falei isso para a presidente em relação a tudo isso, porque para incentivar todos os clubes à permanência. É um pouquinho de corporativismo, sim, ele é de dar tempo para que os profissionais possam trabalhar, e ele é um exemplo disso, ele é um exemplo disso. Do nosso modelo, dos últimos dez trabalhos, talvez o número de gols feitos e de média só Jorge Jesus teve superior. Aliás, o Jorge Jesus merece uma placa. Ele fez um trabalho extraordinário e ele é a referência. É até inconcebível o cara tentar chegar nesse estágio, assim como o Abel aqui e outros exemplos mais. Então nós temos e melhoramos no sentido de equilibrado. Bola aérea. Nós sofremos hoje a bola aérea num cabeceio e ajustamos numa bola parada de cabeceio. As outras todas parece que teve uma finalização só que foi no gol e todas as de bola era de cobertura que tinha sido. Nós tínhamos tomado o gol de cobertura do lateral, do lado oposto em bola de inversão. Porque o modelo é o próprio dito pelo Abel. Ele quer aquele detalhe dos quinze cruzamentos, quinze finalizações, duelos. Roubada de bola, né?”